Os excluÃdos ocupam seus espaços
Willy Brandt und sein Diktatur-Amtskollege José Magalhaes Pinto: http://www.hart-brasilientexte.de/2013/11/19/brasiliens-folter-diktatur1964-1985-mit-wem-bundesausenminister-willy-brandt-damals-bilaterale-vertrage-unterzeichnet-das-massaker-an-stahlarbeitern-unter-gouverneur-jose-magalhaes-pinto/
O 14º Grito dos ExcluÃdos, realizado no último dia 7 de Setembro, revelou que a consciência crÃtica dos brasileiros avança progressivamente. As iniciativas se multiplicam a cada ano, ganhando espaços em inúmeras cidades de todos os estados do Brasil.Tendo a cidade de Aparecida como seu evento principal, naquele dia cerca de 150 mil romeiros puderam participar das manifestações. Campos de Goytacazes e Rio de Janeiro (RJ); Juiz de Fora, Montes Claros, Itabira, Liberdade e Belo Horizonte (MG); MarÃlia, Cubatáo, Cosmópolis, Grande Sáo Paulo e Campinas (SP) sáo alguns dos bons exemplos.
Entre as denúncias e reivindicações levantadas pelos participantes aparecem: clamores por justiça social, salários decentes; preservaçáo do Cerrado, reforma agrária, náo à s barragens agressoras do meio ambiente e à transposiçáo do Rio Sáo Francisco; náo à alta de preços dos alimentos, por saúde pública de qualidade para todos, por um sistema de educaçáo universal e libertador, pela expansáo e mudanças na qualidade do ensino no campo; por uma polÃtica nacional de habitações populares, em defesa dos territórios indÃgenas e quilombolas, denúncias de trabalho forçado e escravo no campo, particularmente no corte da cana de açúcar; contra o pagamento dos serviços da dÃvida pública, por mudanças nas polÃticas públicas do governo federal e dos governos estaduais, visando o desenvolvimento interno e a distribuiçáo de rendas; pelo fim da violência na cidade e no campo, em defesa da vida; contra a impunidade dos crimes cometidos pelos polÃticos e outros criminosos do colarinho branco; por transparência nas eleições, por mudanças profundas no sistema penitenciário e tantos outros gritos deste povo espoliado pelo capital e ignorado pelos polÃticos.
Destaque para o acontecimento de Montes Claros (MG), onde os participantes do Grito, após as tradicionais celebrações religiosas, caminharam pela cidade dirigindo-se para a avenida onde se realizava o desfile oficial, empunhando faixas e cartazes dos seus clamores, gritando por justiça social. Tendo sido barrados pela polÃcia local, a populaçáo assistente ao desfile tomou as dores dos marchantes, aplaudindo sua manifestaçáo e protestando contra a açáo impeditiva da polÃcia, que teve de retroceder e permitir a livre manifestaçáo popular. Em Sáo Paulo, com participaçáo de mais de 5 mil manifestantes, em caminhada por mais de cinco quilômetros até o Monumento ao Grito, os manifestantes denunciaram, entre outros crimes contra os excluÃdos, a polÃtica discriminatória do prefeito Kassab contra a populaçáo moradora da rua que vem sendo enxotada do centro da cidade, assim como a impunidade dos responsáveis pela brutal chacina de moradores de rua, depois de quatro anos do crime bestial.
Destaque negativo para a atitude divisionista protagonizada por alguns movimentos subordinados à defesa da polÃtica do governo federal, organizando em Sáo Paulo um segundo Grito, contrário, portanto, ao movimento unificado que se realiza desde 1998 na capital paulista. Uma clara demonstraçáo de que os interesses do povo náo sáo a verdadeira preocupaçáo de tais movimentos, mas sim, e principalmente, a manutençáo de espaços nas esferas da polÃtica oficial.
Destaque positivo pelo conjunto do movimento social de todas as cidades, responsáveis pela sua organizaçáo e realizaçáo: pastorais sociais (operária, menores, moradia, juventude, afro, mulheres…), CEBs e outros movimentos ligados à s igrejas, trabalhadores rurais e sem terras, moradores de rua, sindicatos classistas, associações de catadores de material reciclável, entidades em defesa dos direitos humanos, professores e trabalhadores da saúde, contando ainda com o apoio de alguns partidos polÃticos de esquerda.
Como nem tudo sáo flores, as dificuldades encontradas foram muitas, sobretudo na questáo da infra-estrutura, porque a maioria dos municÃpios é administrada por polÃticos ligados aos interesses dos exploradores e praticantes das várias discriminações denunciadas. Náo esperamos boa vontade dos detentores do poder. Acreditamos em nossa força organizada e por isso a luta vai continuar, os Gritos seráo cada vez mais fortes e mais coletivos, até que se pratique a justiça neste paÃs.
Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de Sáo Paulo.
http://www.hart-brasilientexte.de/2008/02/17/lynchland-brasilien-meiste-opfer-lebendig-verbrannt/
« „Leben Brasiliens Frauen gut?“, wird Formel-Eins-Weltmeister Emerson Fittipaldi gefragt. „Ja – alle haben eine Hausangestellte.“ – Die Franziskaner in Sao Paulo und ihr Bildungsprojekt „EDUCAFRO“. Exekutivdirektor ist Frei Valnei Brunetto, Mitorganisator des „Grito dos Excluidos“. »
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