O momento é de solidariedade no Brasil, em razáo da tragédia causada pelas chuvas no Estado de Santa Catarina. O PaÃs se mobilizou em uma ampla corrente de ajuda aos desabrigados com o envio de roupas, alimentos, remédios e água potável. Uma beleza de exemplo.
 Essa tragédia, aparentemente, ocorreu à revelia da açáo humana, tendo em vista a verdadeira tromba d´água que caiu em toda aquela regiáo. Com o excesso de chuvas, vieram alagamentos nas cidades, deslizamentos nos morros, casas soterradas e muita gente morta, principalmente os pobres. É interessante constatar que o desmatamento criminoso na regiáo amazônica pode ser uma das causas desse tipo de comportamento climático catastrófico que se dá em outras regiões brasileiras. Mas, voltando à questáo da açáo solidária, por que náo nos sensibilizamos com as tragédias cotidianas que acontecem ao nosso redor?
Renegamos o mendigo que nos estende a máo, levantamos o vidro do carro quando paramos no semáforo, fazemos de conta que náo vemos a apresentaçáo relâmpago dos artistas de rua e, automaticamente, negamos o resto de comida de um restaurante caro a quem nos implora faminto. Essas pessoas rejeitadas e humilhadas (loucos, mendigos, bêbados e pequenos assaltantes) acabam se encontrando e “ pasmem! “ passam a morar juntas.
Basta prestar atençáo nas casas fechadas a serviço da especulaçáo imobiliária pelos bairros de Fortaleza. Essas casas, durante o dia, ficam fechadas. Náo se vê uma alma viva. Mas, quando a noite cai, fervilha em fogo brando de silêncio um entra-e-sai desses moradores, à s vezes assustador. As associações de bairros, juntamente com as Secretarias de Açáo Social da Prefeitura e do Estado, poderiam transformar essas casas em unidade de recuperaçáo dessas pessoas pobres e doentes, que naturalmente precisam tanto de assistência e compreensáo. Seria uma açáo solidária nobre do povo cearense, através de governos ditos democráticos e de esquerda, aos nossos irmáos menores que sofrem a tragédia de todo santo dia.
SARAIVA JÚNIOR
Auditor fiscal do Trabalho
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