Klaus Hart Brasilientexte

Aktuelle Berichte aus Brasilien – Politik, Kultur und Naturschutz

DAAD und Fledermäuse: Stefanie Elena Preuss in Brasilien.

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DAAD Deutscher Akademischer Austausch Dienst

Serviço Alemáo de Intercâmbio Acadêmico

”Morcegos sáo animais interessantes

http://www.hart-brasilientexte.de/2009/06/01/schriftsteller-und-daad-stipendiat-joao-ubaldo-ribeiro-uber-lula-die-neue-monarchie-europaer-bankiers-grosunternehmeno-presidente-que-nos-temos-e-que-eles-pediram-a-deus/

Nascida em Bonn, Stefanie Elena Preuss fez sua graduaçáo e seu doutorado em

medicina veterinária na Universidade de Leipzig. A alemá trabalhou em uma

clínica de aves e répteis na Alemanha, em uma clínica veterinária no Brasil e

ainda escreveu tese de doutorado sobre o emprego da ressonância magnética

em iguanas verdes. No momento, dedica-se à conservaçáo de espécies. Desde

2001 ela costuma vir praticamente todos os anos ao país. Stefanie está desde

março novamente no Brasil, preparando-se para uma aventura: passar um

período na Mata Atlântica pesquisando morcegos. Ela é nossa oitava convidada a

contar em nossa newsletter o que faz no país com sua bolsa do DAAD.

Com a palavra, Stefanie:

”Após defender meu doutorado em Leipzig, em janeiro deste ano, mudei-me para o

Brasil como bolsista do DAAD, para pesquisar ectoparasitas de morcegos. Eu já

conheço bem o país, pois em 2001 estagiei em uma clínica veterinária em Belo

Horizonte e, além dessa experiência, viajei para o Brasil várias vezes nos anos

seguintes. Também tive oportunidade de fazer estágios em vários institutos nos quais,

de um modo ou de outro, trabalhei com animais silvestres. Essa vivência me deu a

certeza de que gostaria de trabalhar mais com esse tema e, a cada nova visita ao país,

aumentava minha vontade de trabalhar no Brasil por mais tempo.

A saúde dos animais, especialmente dos silvestres, sempre me interessou bastante.

Náo apenas o momento em que uma doença ocorre, mas o cuidado com a

sobrevivência das espécies em um meio selvagem. Pensando nessa área, me informei

sobre organizações que trabalham com medicina de conservaçáo no Brasil e assim

cheguei à Conservaçáo Internacional. É uma organizaçáo que possui escritórios em

várias cidades e trabalha com projetos sobre, praticamente, todos os ecossistemas

brasileiros. Entrei em contato com a organizaçáo, me informei sobre os projetos em

andamento e me entusiasmei com a pesquisa sobre morcegos na Mata Atlântica. Ela é

realizada em áreas onde existem diferentes espécies de morcegos e aborda questões

sobre o tamanho da populaçáo e a saúde desses animais.

Muitos se surpreenderam: ˜mas por que morcegos?™ Simples: morcegos sáo animais

interessantes e com hábitos diferenciados. Eles têm papel importante na conservaçáo

do habitat, inclusive para os seres humanos. Ao se alimentarem de insetos, controlam

o número de prováveis transmissores de doenças ou de devastadores de colheitas. Ao

se alimentarem com frutos, os morcegos distribuem sementes de árvores e, ao se

alimentarem com néctar, polinizam flores silvestres e plantas cultivadas. Essas sáo

algumas das razões que os tornam táo importantes no meio em que vivem.

Um aspecto relevante sobre a vida dos animais silvestres é a infestaçáo por parasitas.

Como ainda há muito para ser descoberto sobre os parasitas dos morcegos, estudá-los

faz parte do projeto que escrevi junto com a organizaçáo Conservaçáo Internacional e

o Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Objetivos sáo identificar as espécies

DAAD Seite 2

dos ectoparasitas (parasitas que vivem no corpo do animal) encontrados em morcegos

de diferentes regiões da Mata Atlântica e avaliar a taxa de infestaçáo, ou seja, a

quantidade de parasitas em um morcego. Além disso, queremos analisar alguns

detalhes interessantes, como a distribuiçáo dos diferentes ˜instars™ (estágios de

desenvolvimento) de ácaros no corpo do morcego hospedeiro.

Como comecei minha pesquisa recentemente, ainda estou na fase de preparaçáo,

lendo artigos científicos, pesquisando bastante na internet, conversando com

especialistas em morcegos e com parasitologistas. Também já acompanhei um grupo

de biólogos em uma pesquisa de campo, na qual eles capturaram morcegos.

As minhas idas a campo ocorreráo mais

tarde, podendo ter uma duraçáo de dias até

algumas semanas, e seráo realizadas junto

com biólogos brasileiros. Os morcegos

seráo capturados em redes finas, que seráo

armadas em locais estratégicos, pouco

antes do anoitecer, e inspecionadas

frequentemente. Os morcegos que nós

capturarmos seráo identificados, medidos e

pesados. Além disso, coletaremos os

ectoparasitas, como carrapatos ou ácaros,

que seráo guardados em pequenos frascos.

Em seguida, os morcegos seráo soltos e

poderáo seguir à procura de alimentos,

como fazem todas as noites. Depois de

cada ida a campo, o material será levado para o laboratório do Departamento de

Parasitologia, onde farei a análise. Feito isso, voltarei para o escritório da Conservaçáo

Internacional, com o objetivo de dar continuidade ao plano de pesquisa, à consulta

bibliográfica e à organizaçáo dos resultados.

Essa variedade de campos de trabalho me estimula. Como o projeto possui muitas

facetas, eu tenho oportunidade de atuar com diferentes pessoas: na Conservaçáo

Internacional, com os coordenadores do projeto; na excursáo pela Mata Atlântica, com

os biólogos da equipe; e, no Departamento de Parasitologia da UFMG, com os

professores e estudantes de lá. Todos me receberam muito bem e se esforçam para

me ajudar no que podem. Essa abertura e hospitalidade dos brasileiros, dentro e fora

do meu trabalho, me agrada e facilita a fazer amizades neste ˜lar temporário™.

Eu tenho consciência de que está sendo uma grande oportunidade estar aqui no Brasil.

Uma das razões da minha escolha foi a vontade de aprender mais sobre os

ecossistemas brasileiros. Para mim, é uma grande vantagem estar aqui e trabalhar

diretamente com pessoas que conhecem muito bem a regiáo, especialmente a Mata

Atlântica. Assim, aprendo muito mais do que se estivesse na Alemanha, longe do meu

objeto de estudo.

O diferencial deste trabalho no Brasil é que existem vários grupos de morcegos no país

que náo existem na Alemanha, por exemplo os frugívoros e os nectarívoros. Os

parasitas também sáo diferentes, por isso as experiências que tenho aqui sáo únicas.

Como desvantagem, tem-se a burocracia para obter algumas autorizações para coleta

de material biológico, principalmente para estudos em parques nacionais.

Ainda ficarei nove meses no Brasil, ou seja, a maior parte da minha estadia está por vir,

mas já posso dizer que valeu a pena e que náo abro máo dessa experiência.

Stephanie quer aprender mais sobre ecossistemas brasileiros

Dieser Beitrag wurde am Donnerstag, 04. Juni 2009 um 15:31 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Naturschutz, Politik abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

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