Esclarecimento sobre a ocupaçáo do MST em Iaras (SP)
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Cutrale usa terras griladas em Sáo Paulo
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Cerca de 250 famÃlias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) permanecem acampadas desde a semana passada (28/09), na fazenda Capim, que abrange os municÃpios de Iaras, Lençóis Paulista e Borebi, regiáo central do Estado de Sáo Paulo. A área possui mais de 2,7 mil hectares, utilizadas ilegalmente pela SucocÃtrico Cutrale para a monocultura de laranja, que demonstra o aumento da concentraçáo de terras no paÃs, como apontou o censo agropecuário do IBGE.Â
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A área da fazenda Capim faz parte do chamado Núcleo Monções, um complexo de 30 mil hectares divididos em várias fazendas e de posse legal da Uniáo. É nessa regiáo que está localizada a fazenda da Cutrale, e onde estáo localizadas cerca de 10 mil hectares de terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas, além de 15 mil hectares de terras improdutivas.
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A ocupaçáo tem como objetivo denunciar que a empresa está sediada em terras do governo federal, ou seja, sáo terras da Uniáo utilizadas de forma irregular pela produtora de sucos. Além disso, o Instituto Nacional de Colonizaçáo e Reforma Agrária (Incra) já teria se manifestado em relaçáo ao conhecimento de que as terras sáo realmente da Uniáo, de acordo com representantes dos Sem Terra em Iaras.
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Como forma de legitimar a grilagem, a Cutrale realizou irregularmente o plantio de laranja em terras da Uniáo. A produtividade da área náo pode esconder que a Cutrale grilou terras públicas, que estáo sendo utilizadas de forma ilegal, sendo que, neste caso, a laranja é o sÃmbolo da irregularidade. A derrubada dos pés de laranja pretende questionar a grilagem de terras públicas, uma prática comum feita por grandes empresas monocultoras em terras brasileiras como a Aracruz (ES), Stora Enzo (RS) entre outras. Nossa açáo náo é contra as laranjas, mas contra a Cutrale.  Infelizmente, as influencias da empresa na imprensa nacional, manipulou o protesto dos ocupantes, para esconder a verdadeira situaçao.   A mesma imprensa esqueceu de comentar que usando os metodos mais escusos possiveis a CUTRALE se transformou numa empresa que monopoliza todo comercio de laranjas do estado de sáo paulo. E que superexplora os agricultores dela dependentes.
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O local já foi ocupado diversas vezes, no intuito de denunciar a açáo ilegal de grilagem da Cutrale. Além da utilizaçáo indevida das terras, a empresa está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado de Sáo Paulo pela formaçáo de cartel no ramo da produçáo de sucos, prejudicando assim os pequenos produtores. A Cutrale também já foi autuada inúmeras vezes por causar impactos ao ecossistema, poluindo o meio ambiente ao despejar esgoto sem tratamento em diversos rios. No entanto, nenhuma atitude foi tomada em relaçáo a esta questáo.
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Há um pedido de reintegraçáo de posse, no entanto as famÃlias deveráo permanecer na fazenda até que seja marcada uma reuniáo com o superintendente do Incra, assim exigindo que as terras griladas sejam destinadas para a Reforma Agrária. Com isso, cerca de 400 famÃlias acampadas seriam assentadas na regiáo. Há hoje, em todo o estado de Sáo Paulo, 1.600 famÃlias acampadas lutando pela terra. No Brasil, sáo 90 mil famÃlias.
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Direçáo Estadual do MST-SP
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Igor Felippe Santos
Assessoria de Comunicaçáo do MST
Secretaria Nacional – SP
Tel/fax: (11) 3361-3866
Correio – imprensa@mst.org.br
Página - www.mst.org.br
Bischöfliche Bodenpastoral Brasiliens zum Fall:
Comissáo Pastoral da Terra “ Secretaria Nacional
Assessoria de Comunicaçáo
NOTA PÚBLICA
 Mais uma vez mÃdia e ruralistas investem contra o MST A Coordenaçáo Nacional da CPT vem a público para manifestar sua estranheza diante do ”requentamento por toda a grande mÃdia de um fato ocorrido na segunda feira da semana passada, 28 de setembro, e que foi noticiado naquela ocasiáo, mas que voltou com maior destaque, uma semana depois, a partir do dia 5 de outubro até hoje.  Trata-se do seguinte: no dia 28 de setembro, integrantes do MST ocuparam a Fazenda Capim, que abrange os municÃpios de Iaras, Lençóis Paulista e Borebi, regiáo central do estado de Sáo Paulo. A área faz parte do chamado Núcleo Monções, um complexo de 30 mil hectares divididos em várias fazendas e que pertencem à Uniáo. A fazenda Capim, com mais de 2,7 mil hectares, foi grilada pela SucocÃtrico Cutrale, uma das maiores empresas produtora de suco de laranja do mundo, para a monocultura de laranja. O MST destruiu dois hectares de laranjeiras para neles plantar alimentos básicos. A açáo tinha por objetivo chamar a atençáo para o fato de uma terra pública ter sido grilada por uma grande empresa e pressionar o judiciário, já que, há anos, o Incra entrou com açáo para ser imitido na posse destas terras que sáo da Uniáo. As primeiras ocupações na regiáo aconteceram em 1995. Passados mais de 10 anos, algumas áreas foram arrecadadas e hoje sáo assentamentos. A maioria das terras, porém, ainda está nas máos de grandes grupos econômicos. A Cutrale instalou-se há poucos anos, 4 ou 5 mais ou menos. Sabia que as terras eram griladas, mas esperava, porém, que houvesse regularizaçáo fundiária a seu favor.  As imagens da televisáo, feitas de helicóptero, mostram um trator destruindo as plantas. As reações, depois da notÃcia ser novamente colocada em pauta, vieram inclusive de pessoas do governo, mas, sobretudo, de membros da bancada ruralista que acusam o movimento de criminoso e terrorista.  A quem interessa a repetiçáo da notÃcia, uma semana depois?  No mesmo dia da açáo dos sem-terra foi entregue aos presidentes do Senado e da Câmara, um Manifesto, assinado por mais de 4.000 pessoas, entre as quais muitas personalidades nacionais e internacionais, declarando seu apoio ao MST, diante da tentativa de instalaçáo de uma CPMI para investigar os repasses de recursos públicos a entidades ligadas ao Movimento. Logo no dia 30, foi lido em plenário o requerimento para sua instalaçáo, que acabou frustrada porque mais de 40 deputados retiraram seu nome e com isso náo atingiu o número regimental necessário. A bancada ruralista se enfureceu.  A açáo do MST do dia 28, que ao ser divulgada pela primeira vez náo provocara muita reaçáo, poderia dar a muniçáo necessária para novamente se propor uma CPI contra o MST. E numa açáo articulada entre os interesses da grande mÃdia, da bancada ruralista do Congresso e dos defensores do agronegócio, se lançaram novamente as imagens da ocupaçáo da fazenda da Cutrale.             A açáo do MST, por mais radical que possa parecer, escancara aos olhos da naçáo a realidade brasileira. Enquanto milhares de famÃlias sem terra continuam acampadas Brasil afora, grandes empresas praticam a grilagem e ainda conseguem a cobertura do poder público.            Algumas perguntam martelam nossa consciência: Por que a imprensa náo dá destaque à grilagem da Cutrale?                       Por que a bancada ruralista se empenha tanto em querer destruir os movimentos dos trabalhadores rurais? Por que náo se propõe uma grande investigaçáo parlamentar sobre os recursos repassados à s entidades do agronegócio, ao perdáo rotineiro das dÃvidas dos grandes produtores que náo honram seus compromissos com as instituições financeiras?  Por que a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), declarou, nas eleições ao Senado em 2006, o valor de menos de oito reais o hectare de uma área de sua propriedade em Campos Lindos, Tocantins? Por que por um lado, o agronegócio alardeia os ganhos de produtividade no campo, o que é uma realidade, e se opõe com unhas e dentes á atualizaçáo dos Ãndices de produtividade? Por que a PEC 438, que propõe o confisco de terras onde for flagrado o trabalho escravo nunca é votada? E por fim, por que o presidente Lula que em agosto prometeu em 15 dias assinar a portaria com os novos Ãndices de produtividade, até agora, mais de um mês e meio depois, náo o fez?            Sáo perguntas que a Coordenaçáo Nacional da CPT gostaria de ver respondidas.  Goiânia, 7 de outubro de 2009.        Coordenaçáo Nacional da CPT Maiores informações:Isolete Wichinieski (coordenaçáo nacional da CPT) “ (62) 9607-3488Edmundo Rodrigues (coordenaçáo nacional da CPT) “ (63) 9237-9460 Cristiane Passos (Assessoria de Comunicaçáo da CPT) “ (62) 8111-2890 / 4008-6406
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