Klaus Hart Brasilientexte

Aktuelle Berichte aus Brasilien – Politik, Kultur und Naturschutz

Der Spiegel: „Favela-Tour in Rio de Janeiro.“ Vorzeige-Favelas und die über 1000 anderen…Scheiterhaufen, Todesschwadronen, Folter, Marcelo Freixo, verirrte Kugeln, getötete Kinder, Steinigen. „As aparencias enganam.“ Tim Cahill, Amnesty International, zu Vorzeige-Favelas. Infos für Brasilien-Touristen – was in Kommerz-Reiseführern fehlt.

http://www.spiegel.de/reise/fernweh/0,1518,729162,00.html

Wo „Favela-Touren“ nicht hinführen, was Fremdenführer und Tourismus-Kommerz lieber nicht erwähnen: http://www.hart-brasilientexte.de/2010/09/05/brasiliens-zeitungen-eine-fundgrube-fur-medieninteressierte-kommunikations-und-kulturenforscher/

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Favelabewohner betrachten Ermordete – Zeitungsfoto.

http://www.hart-brasilientexte.de/2010/01/07/weiter-folter-in-brasilien-lokale-militardiktatur-des-organisierten-verbrechens-uber-slums-unter-lula-regierung-laut-brasilianischem-grunen-politiker-alfredo-sirkis-peter-scholl-latour-uber-bra/

Abgesprochen mit den Banditengangs von Rocinha – und gut für deren Image, sind solche „Favela-Tours“ heute ein lukratives Geschäft für zahlreiche Reisebüros. Die touristische Ausbeutung von „exotischer“ Armut wird in Brasilien von einheimischen Fachleuten, darunter Soziologen, entsprechend heftig kritisiert.

Die Wirtschaftszeitschrift “Brasil Economico” zitiert einen  Regierungsfunktionär Brasilias zum Ziel der Auslandspropaganda:”Unsere Priorität ist, das Image Brasiliens als einer großen, sozial, politisch und wirtschaftlich stabilen Demokratie zu positionieren.“

Favelas und Scheiterhaufen: http://www.hart-brasilientexte.de/2009/09/16/scheiterhaufenstadt-rio-de-janeiro-der-grausame-tod-einer-48-jahrigen-frau-in-der-microondas-laut-lokalzeitung/

Rückläufige Touristenzahlen: http://www.hart-brasilientexte.de/2010/05/10/weiterer-ruckgang-bei-auslandischen-besuchern-brasiliens-trotz-massiver-auslandspropaganda/

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Vidigal-Favela von Rio: http://www.hart-brasilientexte.de/2009/11/25/deutscher-unternehmer-rolf-glaser-gab-hotel-und-tourismusprojekt-in-favela-vidigal-von-rio-de-janeiro-auf-melden-landesmedien-vorhaben-von-rio-prafektur-gestoppt-hies-es/

„Der Tod des Schülers von Rio“: http://www.hart-brasilientexte.de/2010/07/17/der-tod-des-schulers-in-rio-de-janeiro-video-der-schule-anklicken-menschenrechte-von-slumbewohnern-in-brasilien/

Rocinha und der Nachbarslum Vidigal: http://www.hart-brasilientexte.de/2010/06/21/rio-de-janeiro-und-fusball-wm-2010-fusballgucken-in-der-slum-diktatur-von-rocinha-gangster-patrouillieren-standig-mit-mpis-und-kriegs-maschinengewehren-laut-sportzeitung-lance-este-e-o-brasi/

Bianca Freire-Medeiros

Rocinha

Pelo menos sete agências com cadastro na RioTur atuam regularmente na Rocinha.9 São mais de três mil turistas por mês, que podem optar por conhecer a localidade a pé, de van, de jipe ou de moto, de dia ou à noite, com refeição incluída ou não, ciceroneados por guias estrangeiros ou por moradores do local. Cada agência cobra por volta de U$35,00 por um passeio que dura de três a quatro horas.A Rocinha é um território disputado por „razões óbvias“, como argumentou um de nossos entrevistados. Detentora do título de „maior favela da América Latina“,10 encontra-se perto dos principais hotéis e tem duas saídas, permitindo um deslocamento mais ágil em caso de deflagração de um confronto violento. Dispõe, segundo um dos guias turísticos, „de uma vista de tirar o fôlego“ e apresenta „o contraste entre os que têm e os que não têm que pira a cabeça dos gringos“, numa referência à proximidade da Rocinha com dois dos bairros de IPTU mais elevado. Mas este contraste também se opera dentro da própria Rocinha, cuja heterogeneidade socioeconômica (Valladares, 2005) exige dos promotores do turismo contorções argumentativas para acomodá-la às expectativas de seus clientes, que vêm em busca da favela paradigmática, do lócus privilegiado da pobreza:A Rocinha virou bairro, cresceu muito… Você vê tanto o lado pobre quanto o mais desenvolvido…. Então decepciona um pouco os turistas quando você só fica naquela área comercial. Eles ficam achando que a Rocinha não é pobre o suficiente, que não é pobre como essas cidades miseráveis da África.Visitas a creches às quais os turistas são incentivados a fazer doações são prática comum, assim como o aluguel de lajes que funcionam como mirantes (a R$ 1,00 „por gringo“). Uma das agências é responsável pelo funcionamento de um projeto social em Vila Canoas,11 outra contribui com uma creche na Roupa Suja (uma das áreas mais precárias da Rocinha) e uma terceira desenvolve um programa de formação de guias mirins. Para as demais, sua presença na favela não parece atrelada a nenhum tipo de obrigação financeira com a localidade. O dono de uma das agências com quem conversei resume:Eu não sou nenhum agente social da favela. Não é essa a minha função. Minha função é mostrar o que a favela realmente é para apagar aquela eventual imagem negativa que os turistas tenham e para promover a cidade também. É uma função que eu olho do ponto de vista patriótico, econômico para o país, porque melhora a imagem do país lá fora, e é um atrativo turístico para o pessoal vir mais.O argumento de que o turismo na Rocinha tem por conseqüência desestruturar a lógica que associa favela à violência é defendido no discurso de todos os agentes e também no projeto de lei da vereadora Lilian Sá, que inclui a Rocinha entre os pontos turísticos oficiais da cidade. Sancionado em setembro de 2006, o projeto justificava:A lei n. 4405/06 vai aumentar a integração social entre a cidade e a comunidade, já que vai ajudar a desmistificar a visão de que a Rocinha é um lugar exclusivamente de violência, e assim possibilitar maiores investimentos tanto do setor público quanto privado.12As agências evitam as ruas em que a venda de drogas é ostensiva e recomendam que não se fotografem pessoas armadas. Em seu material publicitário, todas se responsabilizam pela segurança de seus clientes e os incentivam a trazer câmeras. Mas, em maior ou menor medida, as agências capitalizam a ansiedade contemporânea entre liberdade e segurança tão propriamente descrita por autores como Bauman (2001) e Giddens (1991). A segurança é garantida, mas nem por isso o tráfico de drogas e suas práticas violentas deixam de ser tema durante os passeios.Os guias recomendam que os turistas não respondam a eventuais provocações, que não interrompam a passagem nas ruazinhas estreitas e que não dêem esmola – isto porque „a gente não quer estimular a profissionalização da miséria como instrumento de trabalho“. Não deixa de ser um tanto irônico que aqueles que fazem da pobreza mercadoria sejam os mesmos que denunciam o efeito perverso da prática da esmola e da caridade direta.Há pelo menos quatro pontos de vendas de produtos „by Rocinha“: camisetas, quadros, bolsas, porta-retratos, bordados, esculturas, CDs. Um souvenir em particular chamou-me atenção: uma placa com os dizeres „Rocinha: a Peaceful and Beautiful Place – Copacabana – Rio de Janeiro“. A Rocinha é promovida como um local „pacífico“ e „belo“, assim como Copacabana, cartão-postal há muito legitimado. As cores escolhidas – verde e amarelo – sugerem, ainda, um outro plano de identificação, em que a Rocinha se apresenta como parte da nação brasileira a despeito das representações hegemônicas que a excluem. De presença marginal, a favela é transformada discursivamente em parte central da sociedade brasileira. Essa mesma lógica aparece na fala de um dos agentes promotores:É um passeio para a partir da favela você ter um entendimento muito mais profundo da sociedade. A sociedade do Rio envolve favelas, a sociedade do Brasil envolve favelas, então a gente vai passar sobre esses vários assuntos: política, condições de trabalho, saúde pública, arquitetura, Carnaval, futebol, posse de terreno público, educação… É um passeio muito sociológico.Sociológicos ou não, mais engajados em projetos sociais ou avessos a tais iniciativas, o fato é que os passeios não oferecem à Rocinha a chance de usufruir em pé de igualdade os benefícios econômicos gerados com o turismo. Os turistas gastam muito pouco durante a visita (Carter, 2005) e, como não há nenhum tipo de distribuição dos lucros, os capitais suscitados pelo turismo são reinvestidos apenas minoritariamente na favela e sempre pela via da caridade.

Tim Cahill, Brasilienexperte von Amnesty International hatte in Sao Paulo im Website-Exklusivinterview betont, klar erkennbar sei der fehlende politische Wille der Lula-Regierung bei den Menschenrechten. Gepflegt werde ein ”leerer Diskurs, die politische Praxis sei aber völlig anders. Unter der Lula-Regierung habe es zwar viele Versprechen, Pläne und Projekte gegeben, in der Realität seien die Probleme indessen tief eingewurzelt geblieben. Diese Situation laufe jener Anerkennung zuwider, die Brasilia derzeit weltweit suche. Besonders in Bezug auf die Slumbewohner sagte Tim Cahill:“Ein Teil der Brasilianer wird behandelt, als sei es Wegwerf-Bevölkerung.“ Bei den wenigen von der Polizei besetzten Vorzeige-Slums von Rio de Janeiro handele es sich lediglich um ”Inseln“, während in den restlichen weit über 1000 Favelas die Menschen weiterhin unter Gewalt und Diskriminierung litten.

http://www.hart-brasilientexte.de/2010/11/16/deutscher-hans-friedrich-zeltner65-in-salvador-da-bahia-ermordet/

http://www.hart-brasilientexte.de/2010/11/12/hausen-im-kloake-slum-sao-paulo-reichste-stadt-lateinamerikas-brasiliens-favela-strukturen-gewaltkultur/

http://www.hart-brasilientexte.de/2009/03/09/das-menschenrecht-auf-personliche-sicherheit-unter-lula-die-deutsche-botschaft-in-brasilia-informiert/

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Ausriß, Rio de Janeiro. Das Kleinkind, die schwangere Mutter, die Mordopfer.

Steinigen im Iran und in Brasilien: http://www.hart-brasilientexte.de/2010/09/14/steinigen-im-iran-unter-ahmadinedschad-und-in-brasilien-unter-lula-lula-konnte-sich-uber-die-tatsache-beunruhigen-das-brasilien-zu-den-landern-gehort-in-denen-am-meisten-gelyncht-wird-jose/

„Das Leben in Brasilien ist leicht und unbeschwert. Probieren Sie es selbst.“ Deutschsprachige, meist ganzseitige Tourismuspropaganda

http://www.hart-brasilientexte.de/2008/08/06/offizielle-statistiken-brasiliens-und-ihre-kritiker-beispiel-mordrate/

„Weit verbreitete Gleichgültigkeit gegenüber der Situation in Lateinamerika“: http://www.hart-brasilientexte.de/2010/11/12/die-folter-in-polizeiwachen-hat-in-ganz-brasilien-stark-zugenommen-gefangenenpriester-valdir-joao-silveira-die-anti-folter-konvention-wird-nicht-eingehalten-was-tut-denn-die-uno-damit-die-k/

http://www.hart-brasilientexte.de/2010/01/12/buchkirchner-schuler-helfen-kindern-in-brasilien-spenden-fur-die-achtgroste-wirtschaftsnation-osterreichischer-gefangenenpriester-gunther-zgubic/

Marcelo Freixo, Anti-Folter-Komitee: http://www.hart-brasilientexte.de/2010/11/12/marcelo-freixo-rio-abgeordneterpsol-grundet-erstes-anti-folter-komitee-brasiliens-tortura-nunca-mais-und-justica-global-sind-komitee-mitglieder-folter-und-gefangenenaufstande-unter-der-l/

http://www.hart-brasilientexte.de/2009/09/22/prof-dr-marcus-mazzari-prasident-der-goethe-gesellschaft-brasiliens-associacao-goethe-do-brasil-gesichter-brasiliens/

http://www.hart-brasilientexte.de/2009/11/26/was-gut-ist-stellen-wir-gros-heraus-was-schlecht-ist-verstecken-wir-rubens-ricupero-brasilianischer-politiker-ex-finanzminister-karrierediplomat-vertreter-brasiliens-in-uno-organisationen/

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Kloake-Slum in Sao Paulo.

http://www.hart-brasilientexte.de/2010/01/11/weltsozialforum-2010-in-porto-alegre-25-29januar/

http://www.hart-brasilientexte.de/2009/08/15/brasilias-u-boot-geschaft-mit-paris-so-teuer-wie-zwei-jahre-anti-hunger-programmbolsa-familia-meldet-o-globo/

Dieser Beitrag wurde am Dienstag, 16. November 2010 um 12:24 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Kultur, Politik abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

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