Klaus Hart Brasilientexte

Aktuelle Berichte aus Brasilien – Politik, Kultur und Naturschutz

Brasilien: Indianer besetzen Baustelle für Belo-Monte-Wasserkraftwerk. Nach über 15 Stunden durch Polizei vertrieben.

bel1.jpg

„Belo Monte will only succeed if we do nothing about it. We will not be
silent. We will shout out loud and we will do it now“, said Juma Xipaia, an
indigenous leader that will be affected by the dam, if built. „We are
warriors and we are not asking the Brazilian Government any favor. We will
only demand what our Constitution already ensures us: our rights. Our
ancestors fought so we could be here and now. Lots of documents and meetings
were already done and nothing has changed. The machinery continue to arrive
to destroy our region“.

http://www.hart-brasilientexte.de/2011/10/25/brasiliens-umstrittenes-wasserkraftwerksprojekt-belo-monte-regierung-lehnt-ab-sich-vor-interamerikanischer-menschenrechtskommission-zu-verteidigen/

http://www.hart-brasilientexte.de/2010/09/30/bischof-erwin-krautler-altamira-erhalt-alternativen-nobelpreis-2010/

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Fotos Ivan Canabrava – siehe Foto-Link.

http://das-blaettchen.de/2011/06/brasiliens-umstrittene-wasserkraftwerke-5349.html

Indígenas e pescadores ocupam canteiro de obras de Belo Monte

Altamira (PA), 26/10/2011

Cerca de 600 indígenas, pescadores e ribeirinhos da bacia do rio Xingu estão
acampados pacificamente, desde a madrugada de hoje,* *no canteiro de obras
de Belo Monte para exigir a paralisação das obras da usina hidrelétrica, em
Altamira, no Pará.  A rodovia Transamazônica, na altura do quilômetro 50,
também foi interditada. O protesto não tem prazo para terminar.

„Diante da intransigência do governo em dialogar e da insistência em nos
desrespeitar, ocupamos a partir de agora o canteiro de obras de Belo Monte e
trancamos seu acesso pela rodovia Transamazônica. Exigimos que o governo
envie para cá um representante com mandado para assinar um termo de
paralisação e desistência definitiva da construção de Belo Monte“, diz a
declaração dos Povos do Xingu contra Belo Monte, resultado do seminário
realizado em Altamira esta semana.

„Belo Monte só vai sair se cruzarmos os braços. Não podemos ficar calados.
Temos que berrar e é agora“, disse Juma Xipaia, liderança indígena Xipaia,
uma das etnias afetadas por Belo Monte. „Somos guerreiros e não vamos pedir
nada ao governo, mas exigir o que a Constituição nos garante. Nossos
antepassados lutaram para que nós estivéssemos aqui. Já foram feitos vários
documentos, várias reuniões e nada mudou. As máquinas continuam chegando“.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos
Estados Americanos (OEA) havia convocado o governo brasileiro a dar
explicações sobre a ausência de medidas de proteção aos direitos das
populações indígenas e de outros grupos ameaçados pelo projeto de Belo
Monte, como foi solicitado pela instituição, no início de abril.  De acordo
com a CIDH, o governo deveria cumprir a obrigação de realizar processos de
consulta com cada uma das comunidades indígenas afetadas *antes* da
construção da usina. A audiência com o Comissariado da CIDH deveria ter
acontecido ontem, mas no final da semana passada o governo brasileiro,
surpreendentemente, anunciou que não enviaria representação para esta
reunião.

„É uma vergonha a maneira como nosso próprio governo nos tratou, com
contínuas mentiras e negando-se ao diálogo com as comunidades afetadas“,
disse Sheyla Juruna, liderança indígena do Movimento Xingu Vivo Para Sempre,
que foi para Washington participar da reunião promovida pela CIDH. „Estou
horrorizada por ver como somos tratados em nossa própria terra sem ter
sequer o direito de sermos consultados sobre esse horroroso projeto“,
acrescentou durante coletiva na sede da OEA.

Ontem (26), a Justiça adiou, mais uma vez, a decisão sobre a continuidade
das obras de Belo Monte com novo pedido de vistas – desta vez, da
desembargadora Maria do Carmo Cardoso. O julgamento da Ação Civil Pública
impetrada pelo Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) está empatado no
Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), com um voto contra e outra a
favor da usina. Caso a desembargadora Maria do Carmo vote junto com a
desembargadora Selene Almeida, que se posicionou pela ilegalidade do projeto
por considerar que as consultas indígenas não aconteceram conforme prevê a
Constituição, a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho e a
diretriz da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, as obras de Belo
Monte poderão ser paralisadas.

O acampamento no canteiro de obras de Belo Monte será permanente:
convocam-se outras entidades e movimentos nessa luta.

*Para mais informações:*

– Tica Minami, Movimento Xingu Vivo Para Sempre: (11) 6597 8359

*Fotos disponíveis:*

http://dl.dropbox.com/u/17980715/fotos%20belomonte.rar

© Ivan Canabrava

bm1 – Caiapó em frente ao canteiro de obras ocupado de belo monte
bm1a – Indígena com arco e flecha em frente a canteiro ocupado
bm2 – Guerreiro indígena pinta o rosto antes da ocupação de Belo Monte
bm3 – Guerreiro indígena pinta o rosto antes da ocupação de Belo Monte
bm4 – Grupo indígena em frente à estrada que dá acesso ao canteiro de obras
de Belo Monte
bm5 – Grupo indígena faz pajelança após invasão do canteiro de obras de Belo
Monte
bm6 – Indígena manda sms para tribo falando sobre ocupação
bm7 – Caiapós fumam cachimbo após ocupação
bm8 – Índio se pinta no nascer do sol se preparando para a ocupação
bm9 – Indígena observa grupo ocupando canteiro de obras
bm10 – Índio com arma em frente ao canteiro de obras

#OCCUPYAMAZONDAM : Indigenous people and traditional communities from the
Xingu basin peacefully occupy the Belo Monte dam construction site


Altamira, Para, Brazilian Amazon – 26/10/2011

Indigenous, fishermen and riverin people from the Xingu river basin occupied
today the Belo Monte dam construction site to stop its construction to break
ground in Altamira, located in the middle of the Amazon state of Pará. The
protesters are demanding the presence of a Brazilian Government high-level
official  at the site to initiate a new round of negotiations, more
transparent, inclusive and respecting the rights of local people affected by
the dam.

„Belo Monte will only succeed if we do nothing about it. We will not be
silent. We will shout out loud and we will do it now“, said Juma Xipaia, an
indigenous leader that will be affected by the dam, if built. „We are
warriors and we are not asking the Brazilian Government any favor. We will
only demand what our Constitution already ensures us: our rights. Our
ancestors fought so we could be here and now. Lots of documents and meetings
were already done and nothing has changed. The machinery continue to arrive
to destroy our region“.

The Inter American Commission on Human Rights (IACHR), from the Organisation
of American States (OAS), has requested explanations why the Brazilian
Government did not act to ensure the rights of Indigenous People affected by
the dam, as requested by the Inter American Commission on Human Rights in
April. According to the OAS, the Brazilian Government must comply with the
obligation of consulting and informing the Indigenous People who will be
affected by the dam BEFORE the construction begins. The meeting with the
CIDH commissionaires should have happened yesterday (26) but the Brazilian
Government announced, at the end of the last week, that would not send any
representation to this meeting.

„É uma vergonha a maneira como nosso próprio governo nos tratou, com
contínuas mentiras e negando-se ao diálogo com as comunidades afetadas“,
disse Sheyla Juruna, liderança indígena do Movimento Xingu Vivo Para Sempre,
que foi para Washington participar da reunião promovida pela CIDH. „Estou
horrorizada por ver como somos tratados em nossa própria terra sem ter
sequer o direito de sermos consultados sobre esse horroroso projeto“,
acrescentou durante coletiva na sede da OEA.

Ontem (26), a Justiça adiou, mais uma vez, a decisão sobre a continuidade
das obras de Belo Monte com novo pedido de vistas – desta vez, da
desembargadora Maria do Carmo Cardoso. O julgamento da Ação Civil Pública
impetrada pelo Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) está empatado no
Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), com um voto contra e outra a
favor da usina. Caso a desembargadora Maria do Carmo vote junto com a
desembargadora Selene Almeida, que se posicionou pela ilegalidade do projeto
por considerar que as consultas indígenas não aconteceram conforme prevê a
Constituição, a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho e a
diretriz da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, as obras de Belo
Monte poderão ser paralisadas.

Para mais informações:

– Tica Minami, Movimento Xingu Vivo Para Sempre: (11) 6597 8359 ou (93) 3515
2927

Fotos e vídeo disponíveis ao longo do dia.


Tica Minami
Comunicação e Meio Ambiente
11-6597 8359
skype: ticaminami

*Learning is movement from moment to moment… **(

J. Krishnamurti)
*

Para mais informações:

– Tica Minami, Movimento Xingu Vivo Para Sempre: (11) 6597 8359

Fotos disponíveis:

http://dl.dropbox.com/u/17980715/fotos%20belomonte.rar

© Ivan Canabrava

bm1 – Caiapó em frente ao canteiro de obras ocupado de belo monte
bm1a – Indígena com arco e flecha em frente a canteiro ocupado
bm2 – Guerreiro indígena pinta o rosto antes da ocupação de Belo Monte
bm3 – Guerreiro indígena pinta o rosto antes da ocupação de Belo Monte
bm4 – Grupo indígena em frente à estrada que dá acesso ao canteiro de obras de Belo Monte
bm5 – Grupo indígena faz pajelança após invasão do canteiro de obras de Belo Monte
bm6 – Indígena manda sms para tribo falando sobre ocupação
bm7 – Caiapós fumam cachimbo após ocupação
bm8 – Índio se pinta no nascer do sol se preparando para a ocupação
bm9 – Indígena observa grupo ocupando canteiro de obras
bm10 – Índio com arma em frente ao canteiro de obras

http://www.hart-brasilientexte.de/2011/10/27/brasilien-sklavenarbeit-unter-lula-rousseff-regierung-ignoriert-die-halfte-der-sklaverei-anzeigen-von-der-bischoflichen-bodenpastoral-cpt-laut-landesmedien/

Bischof Coelho in Deutschland:

Er erzählte von einem Land, in dem nur einige wenige Familien nahezu alle wesentlichen gesellschaftlichen Bereiche beherrschten und Korruption an der Tagesordnung sei: „Die Kirche hat die wichtige Aufgabe, der armen Bevölkerung bei ihren existenziellen Problemen gegenüber der Profitgier von Wenigen zu helfen.“ Menschen würden von ihrem Land vertrieben, sie hätten kaum Rechte und Umweltschutz existiere nicht. (Münstersche Zeitung)

Dieser Beitrag wurde am Donnerstag, 27. Oktober 2011 um 19:52 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Kultur, Naturschutz, Politik abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

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