Nota Pública da Pastoral Carcerária sobre a atual situação do sistema prisional de São Paulo
São Paulo, 10 de maio de 2012
A Pastoral Carcerária de São Paulo vem, pela presente nota pública, manifestar a sua profunda preocupação com a atual situação do sistema prisional paulista. Como se sabe, São Paulo detém aproximadamente um terço de toda a população prisional brasileira, fração que tende a aumentar.
Atualmente, conta-se, a cada mês, por volta de 2.700 pessoas a mais no sistema prisional. Mantida essa média, chegaremos ao final do ano com cerca de 210.000 pessoas adultas presas em São Paulo.
Padre Valdir Joao Silveira erläutert gegenüber den nationalen TV-Sendern die weiterhin gravierende Situation in den brasilianischen Gefängnissen.
“O massacre não terminou e continua em nossas periferias com chacinas de população de rua e pessoas pobres. Com o ato de hoje, queremos dar início a uma grande discussão, durante todo o ano, até completar os 20 anos do massacre, sobre a segurança que temos e a segurança que queremos.”
Auffällig viele Bewohner Sao Paulos, so ist immer wieder in der Stadt zu hören, waren wegen der hohen Kriminalitätsbelastung Rio de Janeiros noch nie am Zuckerhut und haben dies auch bis zum Rest ihres Lebens nicht vor.
Ausriß. “Mit der SPD bin ich schon seit den Zeiten verbunden, als ich Gewerkschaftsführer war.” Hochrangige SPD-Politiker wie Willy Brandt und Helmut Schmidt pflegten enge Beziehungen zur nazistisch-antisemitisch orientierten brasilianischen Folterdiktatur.
”Hitler irrte zwar, hatte aber etwas, das ich an einem Manne bewundere – dieses Feuer, sich einzubringen, um etwas zu erreichen. Was ich bewundere, ist die Bereitschaft, die Kraft, die Hingabe.” Ist das Zitat von Lutz Bachmann, Björn Höcke oder von SPD-Idol Lula?
Decorrência direta desse aumento vertiginoso da população carcerária, a superlotação hoje se reflete nas 85.838 pessoas presas além da capacidade legal do sistema prisional paulista.
Infelizmente, ainda se socorre da política de expansão carcerária a pretexto de resolver o problema da superlotação: o Governo anuncia a construção de 39 mil vagas até 2015, com custo estimado em R$ 1,5 bilhão de reais.
Se a intenção é de fato conter a superlotação, a estratégia de construir novas unidades é, no mínimo, insuficiente: caso a população prisional siga crescendo da maneira que está e mesmo que as prometidas 39 mil vagas sejam construídas, em 2015 teremos um déficit de 180.000 vagas (número que corresponde à população aferida em dezembro de 2011!).
Em agravo a esse quadro já crítico, notamos um total descaso com os direitos mais básicos da pessoa presa: apenas 8% têm acesso a alguma forma de educação; somente 12% exercem atividade remunerada; o serviço de saúde é manifestamente frágil, com quadro técnico incompleto e diversos casos de graves doenças e até de óbitos oriundos de negligência; em celas onde cabem apenas 12, aglutinam-se mais de 40 pessoas.
Não bastassem todas essas mazelas, ainda outro atentado contra a humanidade é observado com frequência intolerável: a tortura. São dezenas de denúncias apuradas pela Pastoral Carcerária e encaminhadas ao Judiciário e ao Ministério Público, instâncias que, lamentavelmente, pouco têm feito para coibir essa prática odiosa.
O mesmo Judiciário e o mesmo Ministério Público são também responsáveis pelo ingente número de pessoas presas sem necessidade real. São recorrentes os abusos na utilização da prisão cautelar. Também não se ignora a enorme quantidade de pessoas presas por crimes sem violência ou grave ameaça.
Impunidade, aqui, apenas para os “bem-nascidos”. Nossa população mais pobre (sobretudo os jovens e negros) é refém de uma história de injustiças sociais de séculos e que, ainda hoje, se desenrola em um sistema prisional extremamente seletivo e cruel.
Demandas sociais são tratadas com endurecimento penal. O resultado está nesse sistema carcerário superlotado e degradante, onde mais de 180 mil pessoas (repita-se: a maioria jovem, pobre e negra) estão literalmente acuadas.
Nesse contexto, surpreende-nos, ainda, a notícia de que o Governo de São Paulo pretende entregar à iniciativa privada a construção e a administração de novas unidades prisionais.
Obviamente, o custo da prisão aumentará, até porque não há iniciativa privada desprovida de apetite pelo lucro. Aquelas mesmas pessoas alijadas do exercício dos mínimos direitos fundamentais serão agora insumos para a iniciativa privada.
Não precisamos construir mais unidades prisionais, tampouco podemos admitir que a restrição à liberdade seja objeto de exploração pela iniciativa privada!
Apesar de uma em cada 171 pessoas adultas estar presa em São Paulo, as taxas de criminalidade continuam ascendentes. Parece claro que essa política de encarceramento em massa, longe de responder aos anseios sociais por segurança pública, apenas interessa a quem é ávido por lucrar com o sistema prisional e com a reprodução da cultura de violência.
A Pastoral Carcerária é veementemente contrária à violência, seja de quem e contra quem for. Exatamente por isso, vem a público externar a sua preocupação com a atual situação do sistema prisional paulista, cujos malfeitos apontados nos fazem temer pelo pior.
Pelas razões expostas, instamos as autoridades públicas a adotarem todas as providências necessárias para reduzir substancialmente a população carcerária e para (antes de pensar em construir qualquer nova unidade) estruturar as unidades existentes com os equipamentos e com os profissionais adequados à promoção dos direitos básicos inscritos na Constituição da República e na Lei de Execução Penal.
Verhöhnung der Opfer
Brasiliens Prozeß-Farce um das Massaker an offiziell 111 Häftlingen von 1992
Katholische Gefangenseelsorge: „Weiter Blutbäder in den Gefängnissen“.
Ungezählte Christen des Tropenlandes sind derzeit wütend und empört – soll das Gerechtigkeit sein? Über 20 Jahre nach dem größten Gefängnis-Massaker der Weltgeschichte bequemt sich die brasilianische Justiz zu einem ersten Teilprozeß, verurteilt 23 von insgesamt 79 angeklagten Militärpolizisten zu jeweils 156 Jahren – wegen der Tötung von 13 Gefangenen. Alle Polizeibeamten waren bisher auf freiem Fuß – und bleiben es weiter. Bis ihre Berufung durch sämtliche Instanzen beim Obersten Gericht in Brasilia landet, vergehen laut Rechtsexperten mindestens zehn Jahre. Und sollten die Verurteilten dann tatsächlich hinter Gitter kommen, wäre es laut brasilianischen Gesetzen de facto nur für höchstens fünf Jahre.
Und auch das noch: Erst nach zwanzig Jahren haben die Klagen von Angehörigen der Toten Erfolg, werden jetzt erste Entschädigungen ausgezahlt. Wer großes Pech hatte und an ein sehr unsensibles Gericht appellierte, bekommt nach all dem Erlittenen, dem Verlust des Ehepartners und Vaters der Kinder umgerechnet nur 260 Euro(!), die mit weniger Pech erhalten 26000 Euro, einige mit „Glück“ maximal 65000 Euro. Fast alle anspruchsberechtigten Hinterbliebenen sind Slumbewohner, ein Teil verstarb bereits, viele sind im Katenlabyrinth der über 2600 Elendsviertel allein der Megacity Sao Paulo nicht mehr auffindbar.
Am 2. Oktober 1992 watet der österreichische Priester und Gefangenenseelsorger Günther Zgubic bis zu den Knöcheln im Blut, sieht 160 der von ihm betreuten Häftlinge durch Mpi-Salven zersiebt oder von Polizeihunden zerrissen.
Zgubic hört von einem brutalen Polizeieinsatz gegen Gefangene der mitten in Sao Paulo gelegenen Anstalt Carandiru, die bei einem Fußballspiel in Streit gerieten, rennt sofort los, ist kurz nach dem Massaker einer der ganz wenigen nicht zum Staatsapparat gehörenden Zeugen, die das ganze Ausmaß des Grauens sehen – bevor eine großangelegte Verschleierungskampagne anläuft, der Tatort gereinigt, „geschönt“ wird. Über 5000 Schuß werden auf die völlig unbewaffneten Häftlinge abgefeuert, bis sämtliche Munition aufgebraucht ist.
Priester Zgubic, der längst nicht bis zu allen Zellen vordringen kann, spricht damals von über 200 Massaker-Opfern in dem mit mindestens 8000 Häftlingen total überfüllten Gefängnis – liest Tage später die offizielle Totenzahl – 111. Hat er übertrieben?
Jetzt, im Prozeß, sagt Ex-Häftling Antonio Carlos Dias, Zeuge der Anklage: „Aus einem einzigen Stockwerk sind über 100 Tote abtransportiert worden – die Zahl der Massaker-Opfer war doppelt so hoch. Jene 111 waren doch nur jene Personen, die Familie hatten, regelmäßig Besuch bekamen.“
Offiziell ist von einem blutigen Häftlingsaufstand die Rede, grausamer Abrechnung zwischen verfeindeten bewaffneten Gruppen – ist das harte Vorgehen der Beamten da nicht verständlich? Die Verteidigerin der 23 Verurteilten: „Es war eine legitime Aktion – die Polizisten erfüllten ihre Pflicht, haben absolut nichts zu bereuen!“
Der damalige Carandiru-Sicherheitsdirektor Moacir dos Santos hält dagegen:“Es gab keine Revolte, nur einen geringen Streit unter Insassen. Wir von der Gefängnisleitung machten mit der Polizei aus, daß zuerst mit den Häftlingen verhandelt wird. Doch die Sondereinheit bricht das Abkommen, dringt ins Gefängnis ein, feuert sofort mit Maschinenpistolen – die meisten Männer werden in ihren Zellen erschossen.“
Wer in dem Gefängnistrakt überlebt, so die Zeugenaussagen, muß die blutigen Leichen der Zellenkameraden heraustragen – und wird hinterher zwecks Ausschaltung lästiger Mitwisser ebenfalls erschossen. Einer entkam: „Ich sollte zum Schluß noch eine einzelne Leiche heruntertragen und sah, daß es mein Zellenkollege war, der mit mir Massaker-Leichen geschleppt hatte. Da dachte ich, jetzt liquidieren sie mich auch.“
Ein anderer Ex-Häftling vor Gericht:“Um mich zu retten, habe ich mich unter Leichen versteckt – deren Blut rann über meinen Körper.“
Padre Günther Zgubic rechnet wie die gesamte bischöfliche Gefangenenseelsorge mit zügigen Ermittlungen gegen den politisch verantwortlichen Gouverneur, den Polizeiobersten Ubiratan Guimaraes, der den Einsatz leitete, sowie gegen alle Todesschützen – und mit einem baldigen Prozeß. Doch nichts geschieht – Oberst Guimaraes zieht allen Ernstes mit der Kandidatennummer 111, jener amtlichen Zahl getöteter Häftlinge, in den Wahlkampf, wird Abgeordneter. Als man ihn neun Jahre nach dem Blutbad zu 632 Jahren verurteilt, genießt er parlamentarische Immunität.
2006 sind Seelsorger Zgubic sowie Menschenrechtspriester Julio Lancelotti als Zuhörer im Gerichtssaal von Sao Paulo – denn Oberst Guimaraes fordert gar die Annullierung seiner Gefängnisstrafe. Undenkbar? Die Richter sprechen ihn tatsächlich frei – entsetzt und bleich teilen Zgubic und Lancelotti den vorm Gerichtsgebäude wartenden Menschenrechtsaktivisten das Ergebnis mit. Als „Lizenz zum Töten“ wird es interpretiert – wer bei den wegen grauenhafter Überfüllung immer häufigeren Häftlingsaufständen drauflosfeuere, Morde begehe, könne mit Straffreiheit rechnen. Denn seit dem Massakerjahr 1992 ist die Zahl der brasilianischen Gefangenen von 90000 auf über eine halbe Million(!) angewachsen.
Aber hatte Ex-Gewerkschaftsführer Lula nach seiner Wahl zum Staatschef nicht Gerechtigkeit, strikte Einhaltung der Gesetze versprochen? Warum kam es während seiner Amtszeit zwischen 2003 und 2010 aber dennoch nicht zum Prozeß, trotz internationalen Drucks? Ein Blick auf den politischen Kontext spricht Bände: Jener Massakeroberst Guimaraes versteht sich bestens mit den brasilianischen Machteliten, gehört zur Rechtspartei PTB, die Lula zu seinem Regierungspartner erwählt. Lula vergibt an PTB-Politiker sogar Ministerämter und andere hohe Posten. Einer, der Ex-Offizier, Diktatur-und Folterbefürworter Jair Bolsonaro, wird sogar Mitglied der Ausschüsse für Verteidigung und Außenpolitik, findet das Carandiru-Blutbad völlig in Ordnung und sagt öffentlich gegenüber der Presse:“Ich bin weiterhin der Meinung, daß man die Möglichkeit ungenutzt ließ, dort drinnen tausend zu töten.“ Derzeit ist Bolsonaro Vizechef der Menschenrechtskommission des brasilianischen Parlamentes – schlecht für die Bürgerrechtsbewegung des Tropenlandes.
Der für das Massaker politisch verantwortliche Gouverneur wird nicht mehr angeklagt, Massakeroberst Guimaraes fand ein bizarres Ende: 2006 wird er unter nie geklärten Umständen mutmaßlich von seiner Freundin, einer gewieften Anwältin, aus Eifersucht in der Wohnung erschossen – sie später in einem widerspruchsvollen Gerichtsprozeß „aus Mangel an Beweisen“ freigesprochen.
Das Blutbad und der jahrelange Kampf für eine Bestrafung aller Schuldigen hat den Mitgliedern der katholischen Gefangenenseelsorge nur zu oft den Schlaf geraubt – doch jetzt, nach den ersten Urteilen, empfinden sie keinerlei Genugtuung. Denn ob, wie angekündigt, die restlichen 56 Todesschützen im Dezember tatsächlich vor Gericht gestellt werden, bleibt abzuwarten. Was die „Pastoral Carceraria“ am meisten bedrückt: „Die Massaker in den Gefängnissen, auf den Straßen gehen auch heute, mit Wissen des Staates weiter“, heißt es in ihrer Erklärung.
Das Großgefängnis Carandiru, mitten in Sao Paulo, wurde abgerissen – die Häftlinge verlegte man in zahlreiche kleinere Anstalten weit im Hinterland des Teilstaats – wo es für die Gefangenenseelsorge viel schwieriger ist, Zutritt und Informationen zu erhalten. „Was heute in diesen Gefängnissen mit über 200000 Häftlingen geschieht, weiß man nicht“, schreibt nicht zufällig „Folha de Sao Paulo“, größte Qualitätszeitung des Teilstaats.
Padre Lancelotti, der in Sao Paulo zugleich das weltweit einzige bischöfliche Vikariat für das Heer der Obdachlosen leitet, hält sein Engagement für die Menschenrechte trotz der Rückschläge und Niederlagen nicht für vergebens: ”Es ist ein Akt des Widerstands und der Hoffnung, daß die Gerechtigkeit eines Tages siegen wird. Ich glaube, es ist uns gelungen, wenigstens einigen Menschen unsere Position zu verdeutlichen. Wir wissen, daß unsere Arbeit weiterhin sehr schwierig und aufreibend sein wird. ” Auch Lancelotti wirkt unter Lebensgefahr, erhält Morddrohungen, war bereits Ziel von Anschlägen.
Tags: , Brasiliens überfüllte Gefängnisse
Noch 1995 war nur jeder 627. inhaftiert – Hinweis auf die soziokulturellen Veränderungen in Brasilien. Es handelt sich heute um die drittgrößte Rate unter den zehn bevölkerungsreichsten Ländern der Erde, hieß es weiter. Etwa 40 % der Inhaftierten sind Untersuchungshäftlinge, in den USA liegt die Rate bei 21 %. Laut Landesmedien wäre die Zahl der brasilianischenInhaftierten weit höher, wenn man alle Haftbefehle ausführen könnte und vor allem die sehr geringe Aufklärungsrate bei Morden erhöhen könnte. Bisher werden im Land mit der weltweit höchsten Zahl an Morden danach jährlich nur etwa 8 % der Morde aufgeklärt, läuft also eine sehr große Zahl an Mördern in Brasilien frei herum – mit den entsprechenden soziokulturellen Auswirkungen. Würde gemäß Gesetz inhaftiert, so die großen Qualitätsmedien in Analysen, wäre der Bau von Gefängnissen eine wirtschaftliche Hauptaktivität Brasiliens.In der Tat fällt bei Alltagskontakten in Brasilien auf, wieviele Familien einen oder mehrere Angehörige im Gefängnis haben – angesichts der sehr hohen Rückfallquote zählt zu den gängigen Bemerkungen, der/die sei erneut für unbestimmte Zeit hinter Gittern bzw. wegen schwerer Gewalttaten wie Mord erneut auf der Flucht oder in einen anderen Teilstaat umgezogen.Fast jedermann kennt zwangsläufig unbestrafte Mörder persönlich.
Auf Sao Paulo entfallen ein Drittel aller Strafgefangenen.
Angesichts der brasilianischen Sozialindikatoren – das Land liegt auf dem UNO-Ranking für menschliche Entwicklung nur an 84. Stelle – erhält die Lula-Rousseff-Regierung aus Mitteleuropa sehr viel Lob.
Brasiliens Slum-Sondergerichte 2012: http://www.hart-brasilientexte.de/2012/03/15/brasiliens-slum-sondergerichte-der-banditen-diktatur-in-zeiten-neoliberaler-herzenskalte-video-anklicken/
http://www.hart-brasilientexte.de/2011/09/20/brasilien-daten-statistiken-bewertungen-rankings/
“Area de Microonda” – Ort der modernen Scheiterhaufen aus Autoreifen, zynisch genannt “Microondas”, Mikrowelle. “Local de Desova” – Ort zum Abwerfen von Ermordeten. Die etwa anderthalb Meter hohe Favela-Holzskulptur eines brasilianischen Bildhauers, ausgestellt in Embu das Artes bei Sao Paulo.
http://www.dradio.de/dkultur/sendungen/ewelten/1651902/
Die Abkürzung “C.V.” steht für Comando Vermelho, Rotes Kommando – eine der führenden Verbrecherorganisationen Brasiliens, die u.a. in Rio de Janeiro mehrere hundert Slums neofeudal beherrscht.
“Kindergarten des Comando Vermelho”
“Augenarzt für gut zielenden Killer”
“Helikopter-Landeplatz des Comando Vermelho im Slum”.
UNO-Index für menschliche Entwicklung – auf welchem Platz Brasilien liegt – und wer alles weit davor… http://de.wikipedia.org/wiki/Human_Development_Index
Tags: Brasiliens Mordrate, Wachmann Brasilien
Wachstumsbranche Crack: http://www.hart-brasilientexte.de/2012/04/04/brasiliens-stark-geforderte-wachstumsbranche-crackdie-kehrseite-des-wohlstands-der-spiegel/
Brasilianische Autoritäten lassen regelmäßig Beteuerungen über eine Besserung der Gewalt-Situation in auflagenstarke europäische Medien durchschalten.
Laut der größten brasilianischen Qualitätszeitung “Folha de Sao Paulo” “ertrinkt Lateinamerika in einem Blutbad. Es ist die gewalttätigste Region der Welt, viel mehr als Afrika.” Zu Brasilien heißt es im April 2012:”Wir sind das Land, wo man am meisten in der Welt mordet.” Die Rate sei höher als etwa in Afghanistan.
Tags: Morde in Brasilien
http://www.dradio.de/dkultur/sendungen/religionen/1624771/
In Brasilien werden täglich laut offiziellen Angaben durchschnittlich 137 Morde verübt, die Dunkelziffer dürfte sehr hoch sein. “Pais registra um Carandiru por dia.”
In der INSI-Rangliste der für Journalisten gefährlichsten Länder der Welt steht Brasilien 2012 auf Platz 8.
http://oglobo.globo.com/pais/governo-engaveta-projeto-de-reducao-de-assassinatos-3536649
“Governo suspende plano para reduzir homicidios.”(O Globo)
“O governo suspendeu, por tempo indeterminado, a elaboração de um plano de articulação nacional para a redução de homicídios, um dos pilares da política de segurança pública anunciada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no início do ano. A decisão surpreendeu e irritou integrantes do Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp), que acompanham a escalada da violência no país.”( O Globo)
Auswärtiges Amt(2012):
“Überfälle und Gewaltverbrechen sind in Brasilien leider nirgends völlig auszuschließen. Besonders Großstädte wie Belém, Recife, Salvador, Rio de Janeiro und São Paulo weisen hohe Kriminalitätsraten auf (Eigentumsdelikte, Gewaltverbrechen, Entführungen; siehe auch Allgemeine Reiseinformationen). Grundsätzlich ist Vorsicht angebracht, auch in als sicher geltenden Landes- oder Stadtteilen. Besonders betroffen sind Elendsviertel (Favelas). Von Favela-Besuchen wird dringend abgeraten. Diese Gebiete werden teilweise von Kriminellen kontrolliert. Bewaffneten Auseinandersetzungen, auch mit der Polizei, fallen häufig auch Unbeteiligte zum Opfer.
Eine Häufung ist vor allem in weniger belebten Straßen der Innenstädte, an Stränden sowie auf Zubringerautobahnen zum Flughafen zu verzeichnen. Taxis sollten nach Möglichkeit nur per Bestellservice in Anspruch genommen werden. In größeren Flughäfen können Taxis auch schon im Flughafengebäude gebucht und bezahlt werden. Bei der Reise sollten Ausweispapiere nicht im Gepäck aufbewahrt werden. Am Zielort ist es empfehlenswert, Originale der Ausweispapiere im Safe des Hotels zu lassen und nur Kopien und eine Broschüre/Visitenkarte des Hotels mit sich zu führen. Laptops sollten unauffällig, z.B. in einer Reisetasche, verstaut werden.
Auf auffällige Kleidung und Wertgegenstände (Uhren, Schmuck) sollte beim Straßenbummel verzichtet werden. Bei Überfällen sollte kein Widerstand geleistet werden. Die oft unter Drogeneinfluss stehenden Täter sind in aller Regel bewaffnet und schrecken vor Gewaltanwendung auch aus nichtigem Anlass nicht zurück. Es ist ratsam, stets einen Geldbetrag im Wert von ca. 50,- Euro zur widerstandslosen Herausgabe mitzuführen.
Auf Straftaten im Umfeld der Prostitution (Diebstähle, Raub, Überfälle etc.) wird besonders hingewiesen. Berüchtigt ist die Verabreichung von Getränken mit Schlaf- bzw. willensverändernden Mitteln. Es wird dringend empfohlen, vor allem in Bars und anderen Lokalitäten Getränke nie unbeaufsichtigt zu lassen. Von der Mitnahme von Prostituierten oder flüchtigen Bekannten in das eigene Hotelzimmer wird ausdrücklich abgeraten.
Hinweise für Rio de Janeiro
Das Zentrum (Centro) Rios ist nach Geschäftsschluss am Samstag und Sonntag unbelebt und nicht sicher. Erst kürzlich wurde eine Deutsche hier ausgeraubt und dabei schwer verletzt. Menschenleere Straßen der Innenstadt sollten daher nach Möglichkeit am Wochenende gemieden werden.
Auch an den Strandpromenaden, insbesondere der Copacabana ereignen sich immer wieder Diebstähle und Überfälle auf Deutsche. Hier ist, vor allem nach Einbruch der Dunkelheit, Achtsamkeit geboten.
Reisende nach Rio de Janeiro werden zudem ausdrücklich davor gewarnt, Geld an einem der Bankautomaten am Internationalen Flughafen Galeão/Tom Jobim abzuheben. Von dort wurde unlängst eine Vielzahl von Kartenmissbräuchen gemeldet. Stattdessen sollte auf Geldautomaten in einem der Shopping-Center zurückgegriffen werden.”
http://www.dradio.de/dkultur/sendungen/ewelten/1651902/
http://www.hart-brasilientexte.de/2011/11/07/eu-lateinamerika-karibik-stiftung-startet-in-hamburg/
Beinahe täglich weisen die Landesmedien nach, daß die offiziellen Mordzahlen zu niedrig angesetzt, nicht korrekt sind. Wer heute mit offenen Augen durch Brasilien reist, bemerkt beinahe überall die Anzeichen der Gewaltkultur. Bedenklich, wenn selbst in den ermüdenden Bahia-Staus Autofahrer ganz offen vorm Wiedereinsteigen in den Wagen die Revolver im Hosenbund wieder in die beste, griffbereite Position rücken, um für mögliche bewaffnete Attacken von Autoräubern gerüstet zu sein.
Von Slumperipherien wie in Fortaleza wird zum Jahresende bekannt, daß dort Lynchen auffällig häufiger wird. Schon der Verdacht, ein Fahrrad gestohlen zu haben, reiche aus, um von einer Gruppe oder Menschenmenge totgeschlagen zu werden, betonten Slumbewohner gegenüber dieser Website. Im Action-TV von Fortaleza, so Stadtbewohner, werden Lynchaktionen inzwischen sogar live übertragen, begeistern sich Zuschauer an Sadismus und Brutalität der Mordpraxis.
“Der Linksruck in Lateinamerika in den vergangenen Jahren weckt Hoffnungen.” Rosa-Luxemburg-Stiftung
Lynchjustiz in Rio de Janeiro – Ausriß – Nachrichtenmagazin “Isto é “. Das Opfer wird lebendig verbrannt. “Isto é interviewt die Lyncherin, die Holz aufschichtete und das Feuer entzündete, schürte.” Wie das Foto zeigt, sind brasilianischen Kindern und Jugendlichen derartige Situationen geläufig – die Fotos davon ohnehin.
Wie es hieß, ging in Sao Paulo seit 1991 die Zahl der Ausländer von 337400 auf 206600 zurück(minus 63,3 Prozent), in Rio de Janeiro lag der Rückgang sogar bei 79,50 Prozent. Laut Regierungs-und Mainstream-Propaganda handelt es sich indessen gerade bei Rio de Janeiro um eine wunderbare, gerade für Ausländer hochattraktive Stadt.
Auf ganz Brasilien berechnet, lag der Rückgang insgesamt bei 40 Prozent.
Rio-Imagekampagnen: http://www.hart-brasilientexte.de/2011/11/07/brasiliens-imagekampagnenfavela-mangueira-ist-viel-besser-als-new-york-rios-burgermeister-eduardo-paes-in-landesmedien/
“Brasilien wird mit gutem Humor, gutem Leben sowie mit Karneval assoziiert”, schreibt Forbes. Der Karneval sei dabei sehr wichtig – es sei jenes klassische Bild, das die Leute von Rio hätten, ein Image der Glückseligkeit, heißt es weiter. Rio sei ein Ort, wo jedermann gerne hinmöchte. Rios Bürgermeister Eduardo Paes sagte dazu:”Die Welt entdeckt, was wir längst wissen: Rio ist der beste Platz zum Leben und Arbeiten.”
http://www.hart-brasilientexte.de/2010/09/04/rio-las-dich-umarmen-gilberto-gil/
http://www.hart-brasilientexte.de/2011/09/20/brasilien-daten-statistiken-bewertungen-rankings/
Kardinal Raymundo Damasceno Assis, Präsident der brasilianischen Bischofskonferenz CNBB, zitierte zu Weihnachten 2011 offizielle Angaben, denen zufolge die die Gesamtzahl der Morde 2010 bei fast 50000 gelegen habe. Assis wies auf die vielfältigen Ursachen und kritisierte entsprechende Versäumnisse der Regierungspolitik:”Pazé dom e obra a ser construida.”
Laut Landesmedien hat die Gewaltzunahme in Brasilien in den letzten 30 Jahren zu rund 1,1 Millionen Toten geführt. Dies sei weit mehr als im 53 Jahre währenden Streit zwischen Israel und den Palästinensern, mit rund 125000 getöteten Zivilisten – im 24 Jahre währenden Guatemala-Bürgerkrieg mit etwa 400000 Toten – in neun Jahren Irakkrieg mit etwa 110000 Toten. in 67 brasilianischen Städten liege die Mordrate über Irakkrieg-Niveau, hieß es.
Gemäß den brasilianischen Expertenanalysen dürfte die “Barbarei” weiter zunehmen, falls die Regierung nicht effizient eingreife. Das Land erleide zumindest seit dem Beginn der 80er Jahre eine ernste Krise der öffentlichen Sicherheit.
Angesichts der Gewaltresultate erhält die brasilianische Regierung aus Europa sehr viel Lob für ihren Kurs. Brasiliens Schriftsteller Joao Ubaldo Ribeiro schrieb 2011 in Bezug auf die Gewaltsituation in einer seiner Pressekolumnen, daß er über Verbrechens-Auswüchse, aber auch absurde Fälle von Straflosigkeit seinen ausländischen Freunden nichts erzähle, weil sie derartiges nicht glaubten.
Der von Deutschstämmigen geprägte südbrasilianische Teilstaat Santa Catarina hat gemäß den Medienangaben die geringste Mordrate im Land. DieStadt Simoes Filho in dem von einem Gouverneur aus Lulas Arbeiterpartei regierten Teilstaat Bahia hat Brasiliens höchste Mordrate.
Brasilien hat rund 190 Millionen Bewohner. Im Jahr 2010 gab es in Deutschland, mit rund 82 Millionen Bewohnern, 814 Mordopfer, laut Bundeskriminalamt.
In Brasilien wird ein beträchtlicher Teil der Morde mit Messern verübt – angesichts der Gewaltsituation ist das Medieninteresse entsprechend groß – Fotoserie: http://www.hart-brasilientexte.de/2010/09/05/brasiliens-zeitungen-eine-fundgrube-fur-medieninteressierte-kommunikations-und-kulturenforscher/
2010 war das Jahr des Präsidentschaftswahlkampfes von Dilma Rousseff – die Gewaltproblematik spielte indessen nur eine sehr untergeordnete Rolle – wie in vorangegangenen Wahlkämpfen.
Zeitungsausriß.
Angesichts dieser Situation ist das Lob aus neoliberalen Staaten wie Deutschland entsprechend stark.
http://www.hart-brasilientexte.de/2011/11/07/eu-lateinamerika-karibik-stiftung-startet-in-hamburg/
ThyssenKrupp in Rio de Janeiro: http://www.hart-brasilientexte.de/2011/12/12/thyssenkrupp-in-rio-de-janeiro-rede-von-ekkehard-schulz-inzwischen-auch-aus-dem-aufsichtsrat-befordert-bei-der-einweihung-des-stahlwerks-im-mangrovensumpf/
Gefangenenseelsorge, Pastor Wolfgang Lauer: http://www.dradio.de/dkultur/sendungen/religionen/1624771/
http://www.hart-brasilientexte.de/2011/12/07/brasiliens-boom-und-die-slumhutten/
http://www.hart-brasilientexte.de/2010/03/31/ostern-christus-in-mariana-ouro-preto/
Bischof Cristiano Krapf, Jequie, Bahia:
outubro 26th, 2011
Mais Perguntas e Palpites do MC que vive no presente e pensa no futuro
Economia e política, dinheiro e juros, para muitos nada têm a ver com religião. Para o MC, tais assuntos não são coisas alheias à fé, nem fora dos mandamentos de Deus.
No livro do êxodo temos uma proibição que parece sem sentido para o mundo atual dominado pelo dinheiro do capitalismo. Até na China.
O texto fala da proibição de juros como ensinamento de Deus. Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo que precisa, não sejas usurário que cobra juros. Ezequiel diz coisa parecida: O homem justo não empresta com usura, não cobra juros.
Alguém dirá que tais textos são coisa do Antigo Testamento, proibições que foram abolidas pelo Evangelho de Jesus que nem tomava posição na querela sobre os impostos que o povo judeu devia pagar ao império de Roma.
No entanto, a Igreja também proibia juros durante 15 séculos, e os primeiros protestantes também, por mais tempo nas igrejas reformadas de Calvino. Com isso, o negócio dos juros e dos bancos ficou para judeus, que só não cobravam juros dos seus irmãos. Ficavam ricos e despertavam a inveja dos outros, até o extremo do nazismo que perseguia os judeus para ficar com o dinheiro deles.
Jesus deixou claro outro princípio: Não podeis servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro. É preciso escolher, colocar o Senhor em primeiro lugar, e amar aos outros mais que ao dinheiro. Acontece que o mundo mudou, e o capitalismo chegou.
O dinheiro vai ocupando cada vez mais o centro dos interesses da sociedade e das pessoas, da política e até da religião, se não tivermos cuidado.
Do capitalismo temos o pior no Brasil: Dinheiro dá poder. O poder dá dinheiro. O dinheiro produz dinheiro para quem tem dinheiro, por meio dos juros mais altos do mundo, em vez de produzir serviços melhores para todos e criar mais empregos por meio de investimentos produtivos.
Juros exagerados paralisam o desenvolvimento do país e fazem crescer a dívida pública interna. Até Governos “da esquerda” continuam colocando em primeiro lugar os interesses do capital financeiro.
A combinação dos maiores juros do mundo com a valorização do Real fez do Brasil o lugar mais atraente para o capital financeiro mundial. Em poucos anos, investidores estrangeiros tiveram lucros acima de cem por cento para seus dólares. Adivinhe quem os pagou. Alguém sabe qual é o tamanho do pedaço do Brasil alienado aos estrangeiros no tempo do Real? (terras, escolas, hotéis, empresas, bancos, ações)
Teorias econômicas seguem os ventos dos acontecimentos que pretendem explicar. A mais complicada dessas teorias apareceu agora, com o nome de SAMBA. Ganhou até um prêmio Nobel. Parece mesmo um samba de doido, feita para não ser entendida por ninguém que não seja do ramo. Muitos economistas, porém, continuam adeptos de teorias variadas. Por isso, o MC prefere fazer a sua também.
A realidade não é tão complicada como eles dizem. Não é tão difícil entender que juros favorecem a quem os recebe, e prejudicam a quem deve pagar. Quanto aos juros sobre a dívida pública interna, quem paga é o Governo que deixa de investir em infraestrutura e serviços públicos, e transfere aos ricos vinte bilhões por mês. Pelo programa Bolsa Família transfere aos pobres vinte bilhões por ano.
Os donos do capital recebem muito mais ainda em juros sobre compras fiadas e empréstimos, coisas que a propaganda do dinheiro recomenda ao povo fazer.
Para o MC, observador atento da economia brasileira, já ultrapassada até pela China “comunista”, o Banco Central deve dar continuidade à redução dos juros iniciada em Agosto. Espera que não se deixe intimidar por argumentos contrários fabricados por economistas a serviço do capital financeiro com o pretexto de combater a inflação. Numa democracia, o comando da política econômica deve ser do Governo, e não de economistas de bancos que são parte interessada nos juros.
A necessidade de controlar a inflação serve de pretexto para manter os juros nas alturas. Se a inflação é causada pelo desequilíbrio entre procura e oferta, existem dois caminhos para segurar a inflação: o caminho do freio que passa pela diminuição do consumo, e o caminho do desenvolvimento que passa pelo aumento da produção.
O freio é mais eficiente no começo, mas atrapalha o crescimento e faz a inflação voltar depois com força maior. O caminho de aceleração do crescimento é menos eficiente num primeiro momento, mas conduz a um desenvolvimento maior, com a inflação recuando depois.
Oferecendo dinheiro e outros favores, o Governo contribui para melhorar um pouco a situação dos mais pobres. De quebra, ganha milhões de votos e faz a inflação subir, fazendo aumentar o consumo sem aumentar a produção. Dar dinheiro a quem não trabalha é tirar dinheiro de quem trabalha. È urgente passar a substituir medidas paternalistas de esmolas por medidas que criem empregos produtivos e ofereçam aos pobres a possibilidade de melhorar de vida com seu próprio esforço.
Nossos economistas apresentam a inflação como bicho papão que procura devorar os recursos dos pobres. Na realidade, o prejuízo maior da desvalorização do dinheiro é dos donos do dinheiro. Para garantir seus lucros procuram manter os juros sempre distantes da inflação. Até agora conseguiram juros reais acima de 6% ao mês, ainda os maiores do mundo.
Os donos do dinheiro tiveram prejuízo com a desvalorização do real. Por isso querem segurar o valor ainda irreal do Real com o velho pretexto de segurar a inflação, mesmo sabendo que a desvalorização do Real fortalece a economia brasileira. O dólar mais caro faz subir alguns preços, especialmente de produtos importados e viagens ao exterior, mas é muito melhor que medidas protecionistas contra importações.
Para o MC, a inflação não é o pior inimigo da economia do povo. O primeiro passo elementar para penetrar nos segredos da ciência econômica é entender que o dinheiro é mercadoria sujeita às mesmas leis de mercado de outras mercadorias.
A depender do ponto de vista, a inflação pode ser vista como diminuição do valor do Real em relação às outras mercadorias e outras moedas, ou como valorização das outras mercadorias em relação ao Real. Toda inflação tem aspectos positivos.
Num primeiro momento, o aumento de preço de qualquer produto faz subir a inflação geral. Mas o aumento de preços de certas coisas é bom para o país. Um dólar mais caro “prejudica” apenas os mais ricos e os faz exportar menos dinheiro com importações de artigos de luxo e viagens ao exterior.
O preço maior de alguns produtos exportados (minérios, óleo de soja, açúcar, café, etc.) não pesa muito no bolso do povo e é importante para a economia do país. Preços altos de outros produtos pesam mais, mas podem tornar-se muito importantes para a preservação da natureza e dos recursos naturais: Combustíveis e carros, energia elétrica e artigos desnecessários para uma vida digna. Mesmo sem levar em conta que os recursos naturais estão a caminho do esgotamento, tente imaginar como será a vida nas cidades, se a produção de carros crescer por muito tempo no mesmo ritmo que cresce agora.
A China sozinha, se continuasse a crescer no ritmo atual nas próximas décadas, iria consumir mais recursos naturais que a humanidade inteira hoje. Não será possível. Os outros querem crescer também, no mesmo planeta.
No século passado, a esquerda insistia na necessidade de repartir o bolo, e a direita dizia que o bolo precisava primeiro crescer. Então ainda se podia dizer que a gastança dos ricos favorecia os pobres com mais empregos. Agora, todos precisam perceber que o crescimento tem limites. Mais, todos precisam aprender a viver de acordo com essa realidade. Num planeta de recursos limitados, o padrão de vida dos mais pobres só pode melhorar na medida da diminuição do luxo dos mais ricos.
Está chegando a hora de levar a sério os problema do aquecimento global e dos limites dos recursos naturais, com a necessidade de todos adotarem um estilo de vida mais modesto. O preço maior de coisas desnecessárias pode conseguir mudanças de atitude que bons conselhos não conseguem. Alternativas possíveis: Uma terceira e última guerra mundial, ou desastres naturais de proporções globais.
A meta de um crescimento sem limites já não é questionado apenas por economistas preocupados com a inflação. A nova meta è um crescimento sustentável.
O MC dá palpites como cidadão atento aos acontecimentos e aos argumentos. Está preocupado com a situação no Brasil e no mundo, na política e na Igreja.
Os problemas não se resolvem com gritarias contra capitalismos e contra neoliberalismos, contra agronegócios e contra projetos do Governo. Para onde vai levar certa radicalização no campo apoiada por setores da Igreja, coisa parecida com o tempo das ligas camponesas antes da revolução dos militares?
Revoluções derrubam governos e aceleram mudanças, mas às vezes para pior. Atrasam a construção democrática de um país melhor num mundo melhor. Só com cidadãos melhores teremos melhoras maiores.
Na Igreja, muitos clamam por mais democracia. Na realidade, as democracias, inspiradas em idéias de filósofos gregos, surgiram por influência do cristianismo, nos países com maioria de cristãos, a partir dos ideais do evangelho de fraternidade.
Mesmo assim, a Igreja não pode ser uma democracia onde tudo é resolvido pelo voto da maioria. Dioceses e paróquias também não podem ser inteiramente democráticas. A igreja tem muita coisa boa a conservar e precisa continuar para sempre a missão que recebeu de Jesus.
No município estamos caminhando para dias agitados de um ano de eleições. Vereadores e candidatos querem aumentar as possibilidades de serem eleitos com o aumento do número de vereadores. Para o MC, que não quer ser cabo eleitoral de ninguém, o importante não é a quantidade, mas a qualidade: Que todos que forem eleitos se ponham a serviço da construção de uma comunidade melhor para todos.
A política é a nobre arte de cuidar do bem comum, de colocar os interesses da comunidade acima de vantagens pessoais. O mandamento do amor ao próximo serve para todos, crentes e descrentes. O outro mandamento-chave, de amar a Deus acima de tudo, talvez não diga nada para ateus. Mesmo assim, será que existe alguém que não consegue ver que o mundo seria bem melhor se todos procurassem seguir os ensinamentos de Jesus?
Por que será que candidatos católicos atuantes não têm apoio político maior dos companheiros na caminhada da fé que os conhecem? Será que é por isso mesmo, por conhecer também suas limitações e seus defeitos? Preferem candidatos que só conhecem pela propaganda eleitoreira das suas qualidades e das suas promessas? Um bom católico deve ser um bom cidadão, um bom político.
Não pergunte o que a cidade pode fazer por você! Procure descobrir e fazer o que você pode fazer pela cidade! (Lembrando um apelo de John Kennedy
Um caso de multiplicação de dinheiro
março 20th, 2010
Um brasileiro ganha cinco milhões de salários mínimos
Não acredita? Pode conferir. Temos um novo recordista mundial. Nunca neste mundo alguém ganhou tanto dinheiro em tão pouco tempo. Em nenhum lugar os bancos estão lucrando tanto como no Brasil.
Segundo a revista Forbes deste mês, um brasileiro está em oitavo lugar na lista dos homens mais ricos do mundo. Ganhou 19,5 bilhões de dólares em doze meses, aumentando seu dinheiro de 7,5 para 27 bilhões. Acho que vai ficar no quarto lugar no ano que vem. Teve um lucro de 1625 milhões de dólares por mês.
São quase 3 bilhões de reais por mês, mais que 5 milhões de salários mínimos. O programa fome zero recebe metade disso para 10 milhões de famílias. Convido o leitor interessado em números a comparar o lucro desse homem com os investimentos públicos nos diversos setores da economia.
Acredito que Eike Batista seja um cidadão honesto, nem corrupto nem ladrão comum. Um brasileiro que investe no país. Sabe tirar proveito de leis e políticas econômicas que priorizam o lucro dos donos do dinheiro. Políticos e economistas com o poder e as chaves do cofre na mão prendem o dinheiro. Não querem deixar muito dinheiro em circulação, para poder alugá-lo com o máximo de juros que a sociedade possa tolerar e aguentar. Uma sociedade amedrontada por eles com o espantalho da inflação.
Agora mesmo o Governo quer cortar mais 21 bi de um orçamento já apertado, para garantir os juros que continua pagando aos ricos do país e de fora pela dívida pública interna.
Será que um crescimento de 8% com inflação de 6% não vale mais que um crescimento de 4% com inflação de 4%? Por que não pisar no acelerador de metas de crescimento, em vez de pisar no freio de metas de inflação? Por que não apoiar mais o valor real da produção, e menos o valor irreal do Real?
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março 8th, 2010
Uma política econômica do poder do dinheiro para o dinheiro
Num mundo cada vez mais governado pelo dinheiro e orientado para o lucro, a Campanha da Fraternidade traz ao presente a advertência feito por Jesus quando o dinheiro ainda não era o ídolo maior: Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
Tal afirmação pode provocar reações superficiais de rejeição ou levar a um questionamento: Para que é que vivemos? O que é que queremos na vida? Neste mundo de confusão de valores existe um valor que ninguém questiona: O dinheiro.
Quanto a Deus, muitos duvidam até da sua existência e não têm certeza que é aquele que existe por si mesmo, que não é feito por outro, que criou o mundo e o homem com a missão de cuidar da terra como colaborador de Deus.
Tal verdade parecia conquista definitiva da filosofia dos gregos e da revelação da Bíblia, mas agora prevalecem as teorias do ateísmo, as práticas do materialismo, as dúvidas do agnosticismo e do relativismo que negam a possibilidade de certezas e perguntam com Pilatos: O que é a verdade?
O Depósito Compulsório dos Economistas que têm medo do Crescimento
Não sou economista, mas não tenho medo de questionar os argumentos apresentados por doutores em economia. O mais arrogante deles costuma chamar de ignorantes a todos que não concordam com suas teorias fabricadas para defender os interesses do capital financeiro que é o patrão dos economistas.
Depois de aliviar um pouco o freio do compulsório diante da crise econômica mundial, o Banco Central já está aumentando de novo esse confisco de dinheiro. Por que será que os bancos não reclamam? Para que deixar mais 71 bilhões parados? Para que aumentar de novo o aperto monetário? Para que procurar dinheiro no exterior, com juros pesados a pagar no futuro, ou com crescente desnacionalização do Brasil, em vez de investir os 500 bilhões que o BC sequestra e deixa mofando sem produzir? Economistas dizem que falta poupança interna para investir, mas deixam quase metade dessa poupança presa nos cofres do BC.
Vejo certa confusão entre causas e objetivos, entre razões alegadas e motivos reais. O que os donos do dinheiro querem mesmo é que sua mercadoria esteja escassa para que possam cobrar um aluguel elevado, os juros mais altos do mundo.
Alegam os donos da política econômica que precisam “enxugar o mercado” para controlar o bicho papão da inflação. Economistas do atraso querem segurar o consumo, em vez de incentivar a produção. Investimentos na produção precisam de juros baixos, mas o capital financeiro quer o lucro maior dos juros maiores.
Será que algum economista não sabe que o dinheiro é sujeito à lei de procura e oferta, como outra mercadoria qualquer? Não é por isso mesmo que adotam medidas que aumentam o custo dos investimentos, o preço do aluguel do dinheiro, para cobrar os juros e receber o lucro que querem? Temos o pior do capitalismo, aquele que faz o dinheiro produzir dinheiro para quem já tem, em vez de fazê-lo produzir desenvolvimento para todos com investimentos a juros viáveis.
Alegando que os juros precisam ser altos para limitar o crescimento e proteger o povo contra o espantalho da inflação, o Copom já quer aumentar seus juros de novo. Na realidade, o interesse maior do capital está no juro real, na distância entre inflação e juro nominal. Gostam do Real forte que ajuda a preservar o preço do seu dinheiro e pode ajudar a segurar a inflação atual, mas é caminho seguro para novos apertos no setor produtivo e novos problemas nas contas do país.
Jornais de hoje trazem duas páginas inteiras de propaganda do Banco do Brasil. Com tanto dinheiro dos bancos, a imprensa vai ter interesse em publicar artigos que possam questionar a política econômica que favorece os bancos e outros donos do dinheiro? Num ano de crise financeira, o BB teve um lucro acima de dez bilhões, e o Itaú e o Bradesco também.
Diz a propaganda que o BB é o único banco que tem a maior parte do seu lucro investido no país. Para onde vai? A outra parte, e o lucro de outros bancos “estatais”, para onde vai? Apesar do lucro fabuloso, o BB ainda quer aumentar o seu capital em 8 a 10 bilhões com a venda de novas ações. Qual será a parte que vai para estrangeiros? Temos uma desnacionalização progressiva da indústria, dos bancos, do agronegócio e de propriedades rurais, do comércio e de outros serviços. Não sei qual é a participação dos estrangeiros em outras Estatais, mas na “nossa” Petrobrás já está acima de 30%.
Um banco público dever ser para o povo, mas para certos economistas a prioridade do Banco do Brasil deve ser outra: garantir o lucro dos acionistas. Empresas devem aprender a arte difícil de servir a dois senhores, ao povo e aos donos, mas o Governo e as Estatais precisam estar a serviço do bem comum.
O Governo Lula tinha necessidade de um freio de arrumação, para superar uma desvalorização exagerada do Real. Mas foi eleito para mudar, e já podia ter mudado as prioridades. Ajudou a melhorar a vida de milhões de pobres pelo bolsa família, mas entrega dez vezes mais aos ricos, em juros sobre a dívida pública interna, uns 150 bilhões por ano, muito mais do que investe em educação, infraestrutura e saúde. Está na hora de mudar.
A Campanha da Fraternidade quer provocar reflexões sobre os problemas da economia e da ecologia, na esperança de contribuir para que o dinheiro seja para o homem, e não o homem para o dinheiro. A humanidade inteira precisa enfrentar o esgotamento iminente dos recursos naturais. Países e pessoas devem aprender a superar a mentalidade egoísta que diz: Farinha pouca, meu pirão primeiro.
As palavras economia e ecologia têm a mesma raiz: Conhecimento da casa e administração da casa. Devemos unir as forças para enfrentar os desafios do presente e preservar nossa casa comum para o futuro. Desenvolvimento sim, desperdício não. Está na hora de praticar um novo tipo de jejum, o jejum ecológico de um estilo de vida mais modesto que todos possam viver.
Jequié, 26 / 02 / 10 + Cristiano Krapf
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outubro 18th, 2009
O Paraíso doCapital Financeiro
O estrangeiro que investiu um milhãode dólares na Bovespa nos primeiros anos do Governo Lula tinha seu capital emdólares dobrado em menos de três anos, se teve a esperteza de retirar seu dinheiroantes de Setembro de 2008. Quem foi que pagou a conta? O povo brasileiro.
Esse lucro fabuloso do capitalfinanceiro internacional aconteceu durante o governo do PT que tinha um discursoanticapitalista e nacionalista, quando ainda estava na oposição. Bem, o capitalfinanceiro brasileiro também ganhou a sua parte. Cresceu muito o número demilionários brasileiros.
É verdade que o especuladorfinanceiro que não teve a esperteza de retirar o seu dinheiro no início da criseperdeu uma parte dos seus lucros. No entanto, tudo já foi recuperado, e o lucrodo investidor estrangeiro na bolsa brasileira cresceu num ritmo ainda maisligeiro.
Quem investiu seus dólares na bolsabrasileira no fim do ano passado, teve seu capital dobrado em apenas nove meses.Quem colocou um milhão de dólares, já pode retirar dois milhões. Quem é que vaipagar a conta? O Brasil voltou a ser o paraíso do capital financeiro.
Enquanto os ricos ficavam maisricos, os pobres ganhavam esmolas do governo, no melhor estilo do capitalismoruim que gosta de distribuir uns anéis para não perder os dedos. Para não perderseus privilégios, o capital oferece pão e circo aos pobres, alimentos edivertimentos. Para ganhar eleitores, governos fazem o mesmo. Não há dúvida queessa política contribuiu para aliviar a situação atual de muitos brasileiros.
Foi um quebragalho para o momento.Mas a missão do Governo é outra: Criar estruturas que ofereçam oportunidade detrabalho a todos para que possam progredir com seu próprio esforço em vez dedepender de esmolas.
Em artigo escrito no começo domilênio avisei que o capital internacional viria correndo para o Brasil, logoque tivesse confiança no nosso futuro. Nenhum outro lugar no mundo ofereciatantos atrativos. Aconteceu. No meio da crise atual dei o mesmo recado. Estáacontecendo de novo. Bom para o país? Pode ser. Bom para o capital financeiromundial e nacional? Com certeza.
A vinda maciça de capital estrangeiropode parecer coisa boa. No momento pode favorecer o desenvolvimento do Brasil.No entanto, contribui para aumentar a cotação do Real. O Real forte tambémparece coisa boa. Ajuda a segurar a inflação. Num prazo mais longo, põe um freiono crescimento do país. Favorece importações baratas. Asfixia nossa indústria eagricultura. Dificulta a criação de empregos.
Jequié, 17 de outubro de 2009CristianoKrapf
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maio 18th, 2009
Uma tentativa de entender razões escondidas nos porões complicados da política econômica.
Não podeis servir a dois senhores… a Deus e ao dinheiro. Quando Jesus falou assim, o dinheiro ainda era uma coisa sem maior importância na vida. Agora, dois mil anos depois, é o dinheiro que governa o mundo e domina as preocupações da maioria das pessoas, dos ricos e dos pobres.
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Política econômica ainda favorece o capital financeiro
abril 26th, 2009
Bancos no Brasil prosperam em plena crise mundial
Para não terem seu lucro reduzido, querem agora reduzir os juros da caderneta de poupança.
Os Bancos que operam no Brasil e outros donos do capital financeiro, nacionais e estrangeiros, conseguiram em poucos anos multiplicar seu dinheiro em dólares, até julho de 2008, pelos juros mais altos do mundo e pela valorização exagerada do Real.
A crise atual os fez perder uma parte desse lucro, pela desvalorização do Real e das ações. Agora, em plena crise mundial, os bancos lá fora continuam perdendo, mas os “nossos” bancos estão lucrando novos bilhões. Como ninguém pode ganhar sem que tenha alguém pagando, seria importante descobrir quem é o pagador. Read the rest of this entry »
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março 14th, 2009
Diante de notícias sobre intenções do Governo de querer resolver com novos remendos possíveis dificuldades futuras e reduzir ainda mais os juros da popança que já são inferiores à metade dos juros do Copom, resolvi colocar uns remendos no meu artigo sobre nosso capitalismo ruim que coloquei na noite passada. Vai aqui o texto atualizado :
Nosso Capitalismo Parasita
O capitalismo ruim faz o dinheiro produzir dinheiro para quem já tem.
Faz 15 anos que tento alertar sobre os estragos causados pelos juros da política econômica favorável ao capital financeiro. O Governo continua pisando no freio do aperto monetário, com o pretexto de proteger o país contra o fantasma da inflação.
Não se pode esperar do banqueiro que deixe de privilegiar o capital. Com a redução dos juros básicos de 12,75% para 11,25 %, o Estado economiza um bilhão por mês, mas ainda entrega uns dez bilhões mensais aos ricos, dez vezes mais que o dinheiro dado aos pobres pelo Bolsa Família. Mais que o dinheiro aplicado no PAC e na educação.
Agora, assustado pelo espectro da recessão e pressionado pelos que pagam o preço da agiotagem oficializada, o poderoso Meirelles finalmente reduziu os juros um pouco. Mais um remendo pequeno demais para o tamanho do buraco. Read the rest of this entry »
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O relativismo dos Números na Economia
fevereiro 16th, 2009
Palpites de um filósofo metido a economista
Números divergentes sobre inflação, desemprego e crescimento do passado, do presente e do futuro, e divergências sobre o tamanho dos juros mais adequados que o Governo devia adotar, me levaram a refletir sobre os medidores da economia.
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Economistas a serviço dos interesses do Capital Financeiro
fevereiro 6th, 2009
CEGOS ATIRANDO
Na crise econômica mundial podemos ver economistas e políticos atirando a esmo como cegos em tiroteio. Doutores em economia que foram incapazes de adivinhar a chegada da crise atual agora pretendem conhecer as causas e indicar os remédios. Read the rest of this entry »
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fevereiro 4th, 2009
JUROS SOBRE JUROS
Observações de um Questionador e Perguntas de um Observador
No nosso capitalismo acontecem coisas estranhas. Um grande devedor faz questão de pagar juros de agiota sobre suas dívidas. Parece coisa de Português, mas é coisa de Brasileiro. Com juros sobre juros, a nossa dívida pública interna se multiplicou por dez em doze anos, em reais. Em dólares, “apenas” triplicou. Teria crescido ainda mais, se parte dos juros não fosse pago através do superávit primário conseguido em detrimento do crescimento do país. Read the rest of this entry »
Tags: Auslandspropaganda, Lula-Regierung, Menschenrechte, Propaganda, Rüstung
Die Lula-Regierung hat in den ersten drei Monaten von 2010 laut einer Analyse von Rolf Kuntz(O Estado de Sao Paulo) umgerechnet rund 90 Millionen Euro für Propaganda ausgegeben, indessen beispielsweise nur etwa 30 Millionen Euro für “Saneamento”, also Wasserversorgung sowie Abfall-und Abwasserbeseitigung, Seuchenbekämpfung und Straßenreinigung, zugunsten von Gesundheit und Umweltschutz – alles Bereiche, die vor allem in den Slums sehr im Argen liegen, obwohl Staat und Regierung per Gesetz und Verfassung sehr genau definierte Aufgaben und Pflichten haben. Laut Kuntz erhöhte die Lula-Regierung damit ihre Propaganda-Ausgaben gegenüber dem gleichen Vorjahreszeitraum um 81,6 Prozent. Wie die Qualitätszeitung weiter berichtet, erhöhte die Lula-Regierung in nur sechs Jahren die Propagandaausgaben um 48 Prozent. 2003, zum Amtsantritt, hätten 499 Medien Regierungsgelder für Propaganda-Verbreitung erhalten, 2009 indessen schon 7047 Medien. Viele brasilianische Politiker besitzen Medien – und zahlreiche Medien Brasiliens sind den Angaben zufolge von Regierungspropaganda regelrecht abhängig, würden andernfalls eingehen – diese werde daher zum politischen Instrument. In einem Präsidentschaftswahljahr wie 2010 begünstige die Propaganda Brasilias zweifellos den Regierungskandidaten, also Dilma Rousseff.
Für Propagandazwecke ausgegebene Mittel fehlen indessen dann auch beispielsweise im Bildungs-oder Gefängnisbereich, bei der Aidsbekämpfung: http://www.hart-brasilientexte.de/2010/04/15/brasilien-erste-potenz-der-halbgebildeten-gustavo-ioschpe-in-veja-zur-bildungssituation-unter-lula/
Hungerbekämpfung und Rüstungsausgaben: http://www.hart-brasilientexte.de/2009/08/15/brasilias-u-boot-geschaft-mit-paris-so-teuer-wie-zwei-jahre-anti-hunger-programmbolsa-familia-meldet-o-globo/
In Ländern wie Deutschland erhält die Lula-Regierung wegen dieser Politik sehr viel Lob.
Lula und der politische Bündnispartner Collor – Ausstellungsfoto in Sao Paulo.
http://www.hart-brasilientexte.de/2010/04/28/lula-anfang-mai-zu-wirtschaftskonferenz-nach-munchen/
http://www.hart-brasilientexte.de/2010/09/16/brasil-cazuza-und-gal-costa-1989-youtube-anklicken/
Texte von 2011:
Der Militär-und Medien-Zirkus um die „Erstürmung“ und „Eroberung“ der Rio-Slumregion „Complexo do Alemão“ wäre schon jetzt ein heißes Thema auch für Deutschlands Kommunikationswissenschaftler – aber wie es aussieht, trauen sie sich nicht. Als „Farce“ hatten brasilianische Rechtsexperten und Menschenrechtspriester die Slumbesetzung vom letzten November verurteilt – und schneller als erwartet ausgerechnet von der Gegenseite die Beweise geliefert bekommen. Die schwerbewaffneten Banditenkommandos des organisierten Verbrechens sind rasch zurückgekehrt, zitieren Brasiliens Landesmedien aus vertraulichen Militärberichten. Die Gangster haben, wie es heißt, wieder Verkaufspunkte für harte Drogen installiert, der hochprofitable Rauschgifthandel geht perfekt neoliberal weiter. Der Terror gegen Bewohner des Parallelstaats der Slums ebenfalls – trotz Militärpräsenz sind mindestens vier Menschen ermordet worden. Eine Frau wird zur Abschreckung totgeschlagen, weil sie an der Plünderung eines Banditenhauses teilnahm – TV-Teams auch des Auslands hatten solche Volkszorn-Szenen am Start der Militäroperation gern gefilmt. Doch nun beklagen sich die Bewohner ausgerechnet über eine unzureichende Präsenz von brauchbaren Polizisten – von den Militärs würden die herumstreunenden Banditen gar nicht bemerkt. Viele Soldaten stammen ja just aus diesen Slums. Zudem seien 42 Militärpolizisten zwar wegen Raub, Erpressung und Übergriffen gegen die Bewohner angezeigt, doch bisher nicht bestraft worden.
Die militärische Besetzung ist Modell und Beispiel für das ganze Land, sagt der neue Justizminister Cardozo – hat er es gar böse-ironisch gemeint? Panzer, martialisch wirkende Militärpatrouillen, deren Fotos gern auch in die Erste Welt durchgeschaltet werden, sind den Angaben zufolge jedenfalls keinerlei Hindernis für die Banditenkommandos des organisierten Verbrechens. Das mag für Mitteleuropäer bizarr, grotesk, unglaublich erscheinen, für unsereinen hier ist es banale Normalität.
Immer wieder wird in der Ersten Welt behauptet, in den lateinamerikanischen Ländern zeige sich deutlich, dass die bisher praktizierte Drogenbekämpfung per Polizei und Militär nichts bringe, man sich andere Konzepte überlegen müsse. Was denn für eine Drogenbekämpfung, möchte man gegenfragen. In der Banken-City von Sao Paulo beispielsweise, der führenden Wirtschaftsmetropole Lateinamerikas, wird Crack, die zerstörerischste harte Droge, direkt neben Polizeipräsidien, Polizeiwachen massenhaft und offen verkauft und ebenso offen gleich von Hunderten konsumiert. Die Beamten im Hauptsitz der Stadtgendarmerie schauen direkt auf eine kilometerlange Straße, in der sich ganze Horden grauenhaft verwahrloster und abgemagerter Gestalten mit Crack zügig ins Jenseits befördern. Manche Brasilianer fragen daher, ob es nicht eher so ist, dass die Sicherheitskräfte, von Ausnahmen abgesehen, der unter Staatschef Lula aufgeblühten Crack-Branche eine ordentlich-angenehme Abwicklung der Geschäfte garantieren. 1,2 Millionen Brasilianer sind laut Expertenschätzungen bereits Crack-süchtig. Kenarik Felippe von der angesehenen nationalen Richtervereinigung für Demokratie (AJD): „Der Staat ist ins organisierte Verbrechen verwickelt. Besonders die Slumbewohner leiden stark unter der Gewalt durch Polizei, paramilitärische Milizen und die Banditenkommandos. Im ganzen Land, und nicht nur in Rio de Janeiro, foltern Staatsangestellte, gibt es Todesschwadronen, zu denen Staatsbeamte gehören. Man redet nur von den kleinen Fischen im Rauschgiftgeschäft, nicht von den Drogenbaronen.“ Der Richter und AJD-Präsident Luis Barros Vidal fordert, die „Farce von Rio“ auf keinen Fall zu unterstützen. „Die Geheimdokumente der Militärs zeigen, dass die Drogenmafia, der Drogenhandel in diesen Slums fortbestehen. Die regierenden Autoritäten, die von einem groß angelegten Krieg gegen die organisierte Kriminalität sprachen, machten also leere, falsche Versprechen, handeln unredlich. Wir sehen die Resultate – Tote und nochmals Tote. Selbst UNO-Friedenstruppen wären erfolglos, weil vordringlich soziale und wirtschaftliche Probleme gelöst werden müssen, die Slumbewohner vor allem feste Arbeitsplätze brauchen.“ Niemand wisse das besser als die brasilianische Regierung, früher unter Lula, jetzt unter Dilma Rousseff. „Todesschwadronen sind derzeit in Rio aktiv – doch auch in Sao Paulo, landesweit, straflos“, fügt Richter Vidal gegenüber dem Blättchen hinzu, in Brasilien fehle eine Kultur der Menschenrechte. Zu erkennen seien „starke Merkmale eines totalitären Staates, der das Gesetz nicht respektiert“; mit Blick auf Fußball-WM und Olympische Spiele am Zuckerhut werde ein Medienspektakel veranstaltet.
Und das hatte es von Anfang an in sich. In brasilianischen Qualitätsmedien, die nur einen winzigen Bruchteil der Bevölkerung erreichen, hieß es immerhin, die jüngsten Polizei-und Militäroperationen seien nur für das Ausland gedacht – de facto ändere sich nichts. Rio habe wegen der geplanten Sportereignisse international Kompetenz demonstrieren müssen, um Milliardeninvestitionen zu erhalten. Es werde wieder Wahlen geben – und die Politiker würden erneut Gelder des organisierten Verbrechens brauchen.
In mitteleuropäischen Medien weiß man’s offenbar viel besser. Rio de Janeiro wolle mit dem Drogenhandel Schluss machen, wird freundlicherweise unterstellt, obwohl sogar Rios Sicherheitschef Beltrame öffentlich erklärt, dies keineswegs vorzuhaben.
Aber richtig klasse ist der Mediengag über die „heldenhafte“ Einnahme jenes „Complexo do Alemão“: Unentwegt ballern Polizei und Militär fotogen auf nicht vorhandene Gegner, was das Zeug hält. Alles wird von zahlreichen TV-Teams direkt an der Seite der Einheiten begeistert abgefilmt und teuer weltweit verbreitet. Sozusagen „sturmreif geschossen“ fehlt nur noch die „Eroberung“ des Slumkomplexes. Dies geht so vonstatten, dass Soldaten und Elitepolizisten mit handverlesenen Journalisten einfach die Gassen zur Slumspitze hochgehen und dort die Landesfahne hissen. Schließlich hatte man den Banditenkommandos tage-und nächtelang reichlich Zeit und Möglichkeiten zum Rückzug in üblicher Guerilla-Taktik gegeben und auf eine Einkesselung verzichtet – die Gangster verteilten sich auf andere der weit über 1.000 Rio-Slums.
Wohl einmalig in der Fernsehgeschichte, wie der TV-Globo-Nachrichtenkanal vom Hubschrauber aus den problemlosen Rückzug der schwerbewaffneten Banditenkommandos aus dem Slum Vila Cruzeiro direkt übertrug. Die Konditionen, um die Banditen zu schnappen, waren bestens.Warum, so ist zu fragen, ließen Polizei und Armee die Gangster entkommen? Man saß vor dem Fernseher und traute seinen Augen nicht. Stundenlang sah man von nahem, wie sich die Verbrecherkommandos davonmachten, und bekam es von Polizeiexperten auch noch kommentiert: „Kampfhubschrauber wie die im Vietnamkrieg greifen jetzt nun mal leider nicht ein.“
Jahrzehntelang, so wird in Europa verbreitet, wagten sich die Sicherheitskräfte angesichts übermächtiger Banditenpräsenz nicht in den „Complexo do Alemão“ – umso mehr sei daher die Rückeroberung zu würdigen. Sind Lula und seine Nachfolgerin Dilma Rousseff also wahrhaft todesmutig, weil sie den Slumkomplex noch vor der „Erstürmung“ besuchten? Spaß beiseite – Lula war 2008, 2009 und sogar im Oktober 2010, kurz vor dem Militäreinsatz, im „Complexo do Alemão“, hatte teils sogar Ehefrau Marisa dabei. Rios Polizei und Militär kennen die Favela-Gegend bestens, 2002 wurden zur Besetzung gar 50.000 Mann aufgeboten. Mehr Sicherheit gibt’s deshalb nicht – seit 2007 wurden in Rio über 25.000 Gewalt-Tote gezählt.
Jetzt, nach vertraulichen Militärberichten, weist die Leiterin eines angesehenen kirchlichen Rio-Sozialprojekts auf ein „großes Massaker im „Complexo do Alemão“, wobei vor allem Jugendliche getötet, doch keinerlei Informationen darüber freigegeben wurden. Laut Uni-Anthropologen Luiz Mott, angesehenster Schwulenaktivist des Tropenlandes, hält Brasilien bei Morden an Homosexuellen weltweit eine „grauenhafte Führungsrolle“, verschlechterte sich unter Lula die Situation der Gays. Bei Tötungen durch Schusswaffen liegt Brasilien gemäß NGO-Daten an der Spitze, 92 Prozent der Rio-Morde bleiben straffrei.
Gregor Gysi von der deutschen Partei DIE LINKE gilt als Rechtsexperte, war 2010 in Brasilien, kennt daher sicherlich die Positionen der dortigen Richtervereinigung für Demokratie gut – und schlussfolgert: „Von allen linken Präsidenten hat Lula, der als am wenigsten links eingeschätzt wird, die größten Erfolge.“
The best of non-profit advertising and marketing for social causes
Posted by Marc | 12-05-2008 23:21 | Category: Human rights, Media
Two ads from Associação Brasileira de imprensa, the Brazilian press organisation.
Copy: “A censura nunca desiste. Ela sempre volta disfarçada. 3 de Maio Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.”
“The censorship never gives up. It always return disguised. 3th of May, world day for the freedom of press.”
I have seen more censorship ads from Brazil in the past. What going on? Is censorship a big problem in Brazil?
« Brasiliens neuer Mega-Korruptionsskandal „Cachoeiragate“, der verwickelte Baukonzern Delta und Staatspräsidentin Dilma Rousseff – Landesmedien stellen bohrende Fragen. Die sozialen Kosten der Korruption – rasch wachsende Slums… – Rio+20, Brasilien: 42800 Verkehrstote 2010, laut aktualisierten offiziellen Angaben. Weiter steigende Tendenz. Laut Versicherungsunternehmen sogar rund 55000 Verkehrstote jährlich. Land mit meisten Mord-Toten der Welt. »
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