IMAGINE PARIS entre 1940 e 1944. Ocupação nazista. Agora se pergunte: onde estavam os artistas e intelectuais, franceses ou não, naquele momento? Estes que gostam de posar de arautos da ética, da transparência e do bem.
Claro, houve a “resistência francesa”. Se contarmos o número de pessoas cujos pais e avós foram da Resistência Francesa, não teremos franceses suficientes para completar a cota dos resistentes de cada família. Provavelmente, os resistentes de fato não enchiam dois ônibus. A Resistência Francesa é um dos maiores mitos modernos, assim como a dinamarquesa, a sueca, a holandesa e outras. A falsa coragem não é privilégio de nenhum povo. A maioria conviveu com o nazismo. E conviveria de novo.
Raros são os que se revoltam contra situações assim, porque simplesmente temos medo e somos seletivos em nossas prioridades morais — quando existem. Em situações assim, pensamos primeiro no café da manhã, no almoço e na jantar. No emprego, no cotidiano, nas vantagens que podemos ter, dadas as condições em que vivemos. Danem-se as vítimas.
O século 20 criou uma das maiores mentiras da humanidade: a solidariedade abstrata. Aquela que se presta direto do Facebook ou do cardápio orgânico. Não quero dizer que “tudo bem ser covarde”, desculpando nossos atos pela banalização do medo. Basta um só corajoso para a covardia revelar sua face vergonhosa. O que me espanta é a mentira moral que se conta negando a epidemia de covardia em situações como essas. E gente “chique intelectualmente” adora esse tipo de farsa.
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« Brasilien: Erst Transvestit, dann evangelikaler Pastor. „Homosexualität ist ein Laster, oft seit der Kindheit. Ich dachte, es ist unmöglich, das zu ändern – aber es ist ein Verhalten, das verlernt werden kann.“ (O Globo) – Brasilien: Sonnentrocknung von Fleisch vor einer Metzgerei auf dem Fußweg. „Carne seca“. »
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