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JOHN NESCHLING RECEBE PREMIADA PIANISTA RUSSA PARA A INTERPRETAÇÃO DO CONCERTO Nº 3 DE PROKOFIEV NA SALA SÃO PAULO

 A destacada pianista Lilya Zilberstein é a convidada da semana. Ao lado de seu regente titular, a Osesp apresenta ainda UM AMERICANO EM PARIS, de Gershwin; a famosa abertura da ópera Russlan e Ludmila, de Glinka e as Variações Orquestrais, de Boris Blacher 16 OUT quinta 21h00   17 OUT sexta 21h00   18 OUT sábado 16h30   John Neschling regente  Lilya Zilberstein piano    Mikhail GLINKA  Russlan e Ludmila: Abertura  Sergei PROKOFIEV  Concerto nº 3 para Piano em Dó maior, Op.26  Boris BLACHER  Variações orquestrais sobre um Tema de Paganini, Op.26  George GERSHWIN  Um Americano em Paris    Os três concertos da Oseso desta semana na Sala Sáo Paulo destacam um repertório virtuosístico e de grande atrativo musical. As quatro obras refletem períodos e estilos distintos, mas igualam-se na complexidade das composições. A abertura de Russlan e Ludmila, de Glinka, de apenas cinco minutos, é considerada por muitos como uma homenagem aos mais memoráveis temas da história. O Concerto nº3, de Prokofiev, que contará com a pianista Lilya Zilberstein -que, entre outros, já gravou com Martha Argerich, Claudio Abbado e Neeme Järvi- é o único concerto do compositor gravado pelo próprio. As Variações orquestrais sobre um Tema de Paganini, Op.26, do pouco conhecido Boris Blacher, é uma das obras sinfônicas mais virtuosísticas da primeira metade do século. Por fim, uma das mais reconhecidas obras de um dos mais importantes representantes da música sinfônica norte-americana: Um Americano em Paris, de George Gershwin.  Mikhail GLINKANovospasskoye (Rússia), 1º de junho de 1804 / Berlim (Alemanha), 15 de fevereiro de 1857Russlan e Ludmila: AberturaDuraçáo aproximada: 5 minutos / Ano da composiçáo: 1842 Glinka foi criado por uma avó, na zona rural russa, e até os 11 anos nunca tinha ouvido música ocidental. Seus conhecimentos musicais até essa idade restringiam-se aos sinos de igreja e canções de camponeses. Mais tarde, já estudando na Alemanha, passou a acreditar que sua missáo era a de ˜russificar™ a música russa, que até entáo se atinha a modelos italianos e germânicos. Ritmos ágeis, modalismo e a dissonância folclórica o colocaram como ”pai da música nacionalista russa. Suas duas óperas – Uma Vida pelo Czar e Russlan e Ludmila – confirmaram essa tendência. O argumento bizarro “o resgate de uma princesa raptada por um anáo maligno“ passou por várias máos, e o resultado é um dos libretos mais excêntricos e extravagantes da história, que só é salvo pela música empolgante. Glinka cria o sotaque russo em ópera: contos de fadas, ritmos galopantes, brilho orquestral e o uso de escalas exóticas para representar as forças do mal. A abertura “com forte influência de Mendelssohn“ faz um apanhado dos temas mais memoráveis e é uma das favoritas de grande parte das orquestras. Sergei PROKOFIEVSontsovka (Rússia), 23 de abril de 1891 / Moscou (Rússia), 5 de março de 1953Concerto nº 3 para Piano em Dó maior, Op.26Duraçáo aproximada: 27 minutos / Ano da composiçáo: 1917-21 A música de Prokofiev é angulosa e com lances premeditados, como o xadrez de que tanto o compositor gostava. Se inicialmente as ”jogadas náo parecem ter relaçáo, o desenvolvimento das idéias musicais cria as conexões focadas em um objetivo muito claro: o de fazer com que o ouvinte queira ouvi-la até o fim. É bem o caso de seu Concerto nº 3. O primeiro movimento coloca em sucessáo quatro idéias: um solo de clarinete, uma entrada de piano, uma marcha e uma idéia técnica, de grande efeito. Esta mistura cria uma rede de conexões, onde essas idéias se apresentam como contraponto umas das outras. O segundo movimento parece ser uma gavota “ compasso derivado de antiga dança francesa- lenta e um pouco vulgar, mas as cinco variações que o sucedem sáo de uma agilidade impressionante e, segundo alguns, a escrita mais sofisticada de toda a obra. O caráter sarcástico é contradito por uma ampla melodia, à maneira de Rachmaninov, parcialmente responsável pela popularidade da obra. É mais uma ”jogada: Prokofiev tencionava conquistar o público americano, já que temia por seu futuro financeiro depois da Revoluçáo Russa. A obra foi estreada em Chicago em 1921, náo fez sucesso imediato, mas entrou para o cânone depois do êxito na Europa. Foi também o único concerto gravado pelo próprio autor.  Boris BLACHERNiuzhuang (China), 19 de janeiro de 1903 / Berlim (Alemanha), 30 de janeiro de 1975Variações orquestrais sobre um Tema de Paganini, Op.26Duraçáo aproximada: 19 minutos / Ano da composiçáo: 1947 O conceito de virtuosismo quase sempre se refere a um solista que, com um alto grau de técnica e expressividade, empurra as fronteiras do possível. Mas temos também obras em que o herói é a orquestra: seu virtuosismo reside no milagre da sincronia e no valor individual de seus músicos. Compositores como Rimsky-Korsakov, Strauss e Respighi sáo representantes dessa escrita. Já os soturnos anos 1940 foram iluminados por três obras feitas sob medida para a orquestra brilhar: o Concerto para Orquestra de Bartók, o Guia orquestral de Britten e estas Variações de Boris Blacher. A obra de Blacher é cosmopolita. Nascido em 1903 na Manchúria, seu pai era um executivo da Estônia. Ele cresceu na China e na Sibéria e completou sua educaçáo em Berlim. Sua linguagem é ora atonal, ora politonal, e nos anos 60 arriscou-se também em música eletrônica e óperas ”abstratas, sem enredo. Boicotado pelos nazistas, reabilitou-se no pós-guerra e tornou-se diretor da Escola Superior de Música de Berlim, de 1953 a 1970.  Em contraste com seus contemporâneos alemáes, sua obra náo é pessimista ou mórbida, ao contrário, ele escrevia num estilo claro e bem humorado. Estas 16 variações trazem um elemento de paródia no tema, o famosíssimo Capricho nº 24, utilizado por dezenas de compositores. Cada variaçáo joga um spot de luz sobre um naipe; a flauta, o oboé e o clarinete sáo contemplados com solos particularmente brilhantes. A influência do jazz é mais que evidente no ritmo dos metais e contrabaixos. Sutis referências a Tchaikovsky e Mahler e ao estilo de Stravinsky e Bartók, em especial no final ”à moda húngara. George GERSHWINBrooklyn (EUA), 26 de setembro de 1898 / Beverly Hills (EUA), 11 de julho de 1937Um Americano em ParisDuraçáo aproximada: 20 minutos / Ano da composiçáo: 1928 Esta obra cria uma transiçáo inteligente entre Prokofiev e Blacher, e ninguém a descreve melhor que o autor: ”Minha intençáo é retratar as impressões de um visitante americano em Paris, enquanto ele flana pela cidade, ouve os ruídos urbanos e absorve a atmosfera francesa. A abertura alegre é sucedida por um blues suculento, de forte impulso rítmico. Nosso amigo americano, talvez depois de tomar alguns drinks em um café, sucumbe repentinamente a um espasmo de saudade. Gershwin era visto por muitos como um compositor da Broadway, mas havia se decidido a deixar uma marca na música de concerto. Em 1928, ele foi a Paris para um período de reciclagem, conheceu Ravel, Prokofiev e Milhaud e estudou Debussy. O resultado é sua obra de concerto mais coerente, em que seu proverbial talento para boas melodias ganha uma nova dimensáo na forma e na linguagem harmônica e uma orquestraçáo que caracteriza brilhantemente cada naipe. Na estréia, a crítica conservadora arrasou o compositor: ”é o tipo de bobagem normalmente ouvida no teatro de revista ao final do primeiro ato. Oitenta anos depois, tornou-se a peça favorita das orquestras americanas em suas turnês internacionais, além de ter inspirado o filme homônimo de Vincent Minelli, com Gene Kelly, vencedor do Oscar de melhor filme em 1951. Regente – John Neschling Nasceu no Rio de Janeiro em 1947. Seguiu a vocaçáo para regência com Hans Swarowsky, em Viena, e com Leonard Bernstein, em Tanglewood. Dentre os concursos internacionais de regência que venceu, destacam-se os de Florença (1969), da Sinfônica de Londres (1972) e do La Scala (1976). No Brasil, assumiu a direçáo dos teatros municipais de Sáo Paulo e do Rio de Janeiro e na Europa, foi diretor artístico do Teatro Sáo Carlos (Lisboa), do Teatro de Sankt Gallen (Suíça), do Teatro Massimo (Palermo) e da Ópera de Bordeaux, além de ter sido regente residente na Ópera de Viena. Em 1996, na Ópera de Washington, conduziu Il Guarany, com Plácido Domingo no papel de Peri. À frente da Osesp desde 1997, somou importantes conquistas e fez turnês pela América Latina, Estados Unidos, Europa e por todo Brasil. Nas últimas duas temporadas, regeu diversas orquestras, como: Sinfônica da RAI de Turim, Orquestra Nacional da Bélgica, Orchestre de la Suisse Romande, Orquestra da Rádio Nacional Polonesa, etc. Dedica-se também à composiçáo para cinema e teatro, sendo o autor das trilhas dos filmes Pixote, O Beijo da Mulher-Aranha, Lúcio Flávio “ o Passageiro da Agonia, Gaijin, Os Condenados, Desmundo e da minissérie Os Maias.  SolistaLilya Zilberstein – pianoPrimeira vez com a OsespNascida em Moscou, começou os estudos de piano aos cinco anos de idade. Após doze anos de estudo com Ada Traub, em Moscou, estudou com Alexander Satz no Instituto Gnessin, diplomando-se em 1988. Venceu o Concurso Internacional de Piano Ferrucio Busoni em 1987 e iniciou uma carreira internacional de grande prestígio. Estabeleceu residência na Alemanha em 1990, tendo-se apresentado nas melhores salas de concerto nacionais, nos mais importantes festivais e com as mais famosas orquestras. Em duo com Martha Argerich, gravou para a EMI o CD Martha Argerich and Friends ao vivo, no Festival de Lugano, e, em 2003, a Sonata para dois Pianos de Brahms. No mesmo ano, apresentou-se na França, Itália e Alemanha. Com o violinista Maxim Vengerov, realizou turnês nos Estados Unidos, Canadá e Europa e foi indicada para o Grammy pela gravaçáo da Sonata nº 3 de Brahms na categoria de música de câmara. Para a Deutsche Grammophon, Lilya gravou os concertos nºs 1 e 3 de Rachmaninov com a Filarmônica de Berlim sob a regência de Claudio Abbado; o Concerto de Grieg com a Sinfônica de Gotenburg, com Neeme Järvi, além de diversos CDs de piano solo com obras de Rachmaninov, Shostakovich, Brahms, Liszt, Schubert, Mussorgsky, Taneyev, Medtner, Debussy Ravel e Chopin.  OsespCom 130 apresentações anuais em sua temporada de concertos, a Orquestra Sinfônica do Estado de Sáo Paulo “ Osesp foi fundada pelo maestro Souza Lima em 1954 e durante 24 anos comandada por Eleazar de Carvalho. Desde 1997, tem a direçáo artística do maestro John Neschling. Sua sede é a Sala Sáo Paulo (www.salasaopaulo.com.br). Com uma programaçáo abrangente “ que mescla as grandes obras da literatura musical internacional com primeiras audições mundiais e compositores brasileiros “, a Osesp traz ao Brasil alguns dos mais importantes solistas e regentes da atualidade, dentre mais de 60 convidados a cada ano. Desde que foi implantado o sistema de assinaturas anuais, em 2000, o número de assinantes tem superado a temporada anterior.Com o apoio do Governo do Estado e da Secretaria de Estado da Cultura, John Neschling criou o Centro de Documentaçáo Musical Maestro Eleazar de Carvalho, o Serviço de Assinaturas, a Coordenadoria de Programas Educacionais, o Serviço de Voluntários e a editora de partituras Criadores do Brasil. Também iniciou uma parceria com os selos BIS e Biscoito Fino para gravaçáo de mais de 30 CDs. Em 2007, a Osesp foi premiada com o Grammy Latino. Instituída em junho de 2005, a Fundaçáo Osesp administra a Orquestra, a Sala Sáo Paulo e, conseqüentemente as relações de trabalho de mais de 290 pessoas “ entre músicos, administraçáo e técnicos “ permitindo maior agilidade administrativa, ampliaçáo de parcerias e melhoria na qualidade dos serviços oferecidos.   ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO “ OSESPJOHN NESCHLING regenteLilya Zilberstein piano RepertórioMikhail GLINKARusslan e Ludmila: AberturaSergei PROKOFIEVConcerto nº 3 para Piano em Dó maior, Op.26Boris BLACHERVariações orquestrais sobre um Tema de Paganini, Op.26George GERSHWINUm Americano em Paris  Quinta, 16/10 (21h); Sexta, 17/10 (21h) e Sábado, 18/10 (17h). Preços: de R$ 28 a R$ 98Aposentados, pessoas acima de 60 anos, estudantes e professores da rede pública estadual pagam1/2, mediante comprovaçáoRecomendaçáo etária: 8 anosEstacionamento: 610 vagas (592 comuns e 18 para Portadores de Necessidades Especiais) – R$ 8.Sala Sáo Paulo (1484 lugares) “ Pça. Júlio Prestes 16 (11) 3223-3966.Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.

Ingressos também pela Ingresso Rápido 4003-1212 – www.ingressorapido.com.br

http://www.hart-brasilientexte.de/2008/03/16/john-neschlings-lateinamerikanische-klassik-kulturrevolution-erster-latino-grammy-fur-ein-beethoven-album-seines-orchesters-osesp/

Dieser Beitrag wurde am Dienstag, 14. Oktober 2008 um 22:50 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Kultur abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

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