Klaus Hart Brasilientexte

Aktuelle Berichte aus Brasilien – Politik, Kultur und Naturschutz

Brasiliens Systemkritikerproteste, der Tod des Kameramanns 2014 in Rio: Fachleute der Protestbewegung weisen auf immer mehr Fehlschlüsse und Widersprüche in den Ermittlungen der Polizei gegen angebliche Täter. Nach wie vor keinerlei Aufklärung über Aktionen der Militärpolizei zum Zeitpunkt der Verwundung des Kameramanns.

 http://www.hart-brasilientexte.de/2014/02/14/brasilien-erneut-systemkritischer-journalist-erschossen-bei-rio-de-janeiro-2014/

Während Brasiliens Medien durchweg der Polizeiargumentation folgen, daß Feuerwerkskörper der Demonstranten im Februar 2014 den Tod eines TV-Kameramanns bewirkten, halten Fachleute der Protestbewegung die bisherigen Ermittlungsergebnisse für völlig unglaubwürdig, weisen auf zahlreiche widersprüchliche Erklärungsversuche der Autoritäten. Vor dem Hintergrund des neuen Rankings von Reporter ohne Grenzen, das den brasilianischen Medien eine geringe Ausdrucksfreiheit bescheinigt, wird zudem auf die völlig überzogene, alle Grenzen sprengende Berichterstattung aufmerksam gemacht, die den Fall zum wichtigsten innenpolitischen Ereignis hochzustilisieren versucht. Der Versuch, die Protestbewegung zu kriminalisieren, sei überdeutlich, hieß es.

Auffällig ist, daß anfängliche Hinweise der Medien, daß selbst Polizeiprovokateure als Verursacher des Todes des Kameramanns in Frage kommen, keinerlei Rolle mehr spielen. Allgemein bekannt ist, wie stark Brasiliens Medien finanziell von Regierungs und Staatsanzeigen abhängen. 

Kommentatoren mit Rückgrat der Qualitätsmedien ziehen derzeit bereits offen die Glaubwürdigkeit hoher brasilianischer Politiker in Zweifel, die sich derzeit bemerkenswert stark an der Debatte gegen die Protestbewegung beteiligen.

Unterdessen gehen in Rio die Straßenproteste gegen Fahrpreiserhöhungen weiter. Dabei machen sich Teilnehmer in Sprechchören über Vorwürfe lustig, Protestierer würden von bestimmten Parteien und Organisationen bezahlt. „E, e, e – cadé meu caché?“

In Sprechchören wird zudem an die Ermordung des Slumbewohners Amarildo durch Militärpolizisten im Juli 2013 erinnert. Die Leiche des Gefolterten wurde seltsamerweise bis heute nicht aufgefunden.

 http://www.hart-brasilientexte.de/2014/02/11/brasiliens-systemkritikerproteste-2014-tv-kameramann-in-rio-de-janeiro-an-verletzungen-durch-feuerwerkskorper-gestorben-laut-offiziellen-polizeiangaben-keinerlei-ermittlungen-uber-aktionen-der-poli/

Brasiliens Protestbewegung stellt Fragen:  1- Um rapaz se „entrega espontaneamente à polícia“ e diz ter entregue um „rojão“ para um desconhecido.

2- As TVs dão como certo que se trata de um rojão sem nem compará-lo com artefatos semelhantes usados pela PM.

3- O segundo suspeito desaparece na fumaça e ninguém sabe quem é.

4- Ao contrário da maioria dos ativistas que já foram presos ou detidos, o rapaz é assistido por um advogado PARTICULAR e não pelos advogados ativistas que estão mais bem preparados para o caso e que libertaram praticamente TODOS os manifestantes que foram presos, exceto o Raphael, preso por portar material de limpeza.

5- Estranhamente o estagiário e o advogado que defendem o rapaz do rojão acusam o Freixo de envolvimento no ocorrido e citam a Sininho. Fato que ela nega veementemente.

6- E, por fim, o advogado JONAS TADEU NUNES é o mesmo que defendeu o miliciano Natalino Guimarães ( hoje preso ) há seis anos, época em que, coincidentemente, Marcelo Freixo presidia a CPI das milícias.

Muito oportuna para o governo do Estado do Rio de Janeiro a morte do jornalista pois:
#1 Ajudou a marginalizar o MPL.
#2 Colocou a oposição partidária (Freixo) em cheque mate.
#3 Trouxe de volta a votação para aprovação da Lei do Terrorismo.

Posso garantir que o Estado está sendo no Mínimo oportunista e está se beneficiando do acontecido.

Coloco em questão se Fábio Raposo, que confessou ter acendido o rojão estava falando a verdade.
Coloco em questão se ele foi ameaçado, chantageado ou pago para dizer o que disse.
Estou a dois dias procurando fotos e vídeos do ocorrido e nada comprova a versão oficial. O vídeo sendo utilizado pela Justiça neste caso não revela a identidade de Fábio Raposo nem do outro suspeito mencionado em seu depoimento.
As únicas fotos conhecidas mostram o explosivo no exato momento de sua explosão e logo depois da explosão. Não há nenhuma foto ou vídeo de alguém acendendo o suposto rojão, e não há sequer evidencias de que era um rojão.
Se alguém possui fotos ou vídeos do protesto do dia 06/02 por favor envie-os.

Outras dúvidas que me ocorreram são sobre a procedência do processo criminal, que já começou com irregularidades. Pois Marco Antonio Nunez Pereira inspetor de polícia da 17 DP já no primeiro dia em que Fábio Raposo havia sido preso tentou bancar o promotor e juiz Indicando a pena a qual o suspeito seria submetido em uma entrevista à imprensa corporativa.
**Estou ciente que talvez o cara esteja falando a verdade. Mas convenhamos que isto foi muito oportuno para o Governo do Estado do Rio de Janeiro. E outra, se não há vídeos nem fotos comprovando sua identidade, porque Fábio Raposo confessou? Vontade de ser preso?

E a testemunha? Quem será a testemunha? Será que ela também está envolvida com algum grupo político?

E a polícia? Por que dificultou o atendimento ao jornalista? Que interesses eles tinham em evitar que Santiago sobrevivesse para descrever de fato o que ocorreu?

 http://www.hart-brasilientexte.de/2014/02/12/brasilien-pressefreiheit-2014-nur-rang-108-auf-neuer-liste-von-reporter-ohne-grenzen-auch-qualitatsmedien-brasiliens-mit-immer-mehr-schwachen-ubernahmen-aus-mitteleuropaischem-trivial-mainstrea/

Lula war Diktatur-Informant, laut neuem Buch:

 http://www.hart-brasilientexte.de/2014/02/12/brasilien-die-folterdiktatur-lula-und-die-arbeiterpartei-pt-rufmord-ein-kapitalverbrechen-buch557-seiten-mit-schweren-vorwurfen-gegen-lula-macht-schlagzeilen/

Fußball-WM und Peitsche – Ukraine,  Rußland, Venezuela, Brasilien:  http://www.hart-brasilientexte.de/2014/02/25/fusball-wm-2014-und-peitsche-brasiliens-groste-qualitatszeitung-folha-de-sao-paulo-mit-laerte-karikatur-zu-umgang-mit-protestbewegung/

“Völkerverständigung” in Brasilien, Testlabor des Neoliberalismus:  http://www.hart-brasilientexte.de/2012/09/11/brasilien-unter-dilma-rousseff-von-favela-besuchen-wird-dringen-abgeraten-deutsches-auswartiges-amt-wie-es-um-die-basis-menschenrechte-der-slumbewohner-in-lateinamerikas-groster-demokratie-steh/

Militärische Spezialeinheit für WM-Systemkritikerproteste:  http://www.hart-brasilientexte.de/2014/01/03/brasilien-und-die-fusball-wm-2014-regierung-bildet-spezialeinheit-mit-10000-mann-gegen-systemkritikerproteste-laut-landesmedien/

protestefuckfifa.jpg

“Fuck FIFA”. Sao Paulo, Avenida Paulista, MASP. 

“Alle auf der Gegenseite”:  http://www.hart-brasilientexte.de/2014/02/01/brasiliens-systemkritikerproteste-2014-fehlende-solidaritat-aus-landern-wie-deutschland-die-stehen-doch-alle-auf-der-gegenseite-protestorganisatoren-im-januar-2014-in-sao-paulo-zu-sogenannten-m/

Rodolfo Valente, Anwalt der Protestbewegung, interviewt von Online-Zeitung der brasilianischen Sozialbewegungen sowie der katholischen Kirche:

‘Estamos no campo do imponderável e acho difícil que o aumento da repressão detenha as manifestações’
ESCRITO POR GABRIEL BRITO, DA REDAÇÃO
SEXTA, 21 DE FEVEREIRO DE 2014
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Já se preparando para a festa da Copa do Mundo e o processo eleitoral subsequente, o governo brasileiro tenta acelerar as pautas de enrijecimento das leis penais. Após a morte do cinegrafista da Bandeirantes, Santiago Andrade, tal intenção ficou ainda mais evidente, com a tentativa de impulsionar no Congresso projeto de lei que tipifica o terrorismo.

“Precisamos deixar bem claro que é completamente lamentável a morte do Santiago, como são completamente lamentáveis todas as outras mortes ocorridas em manifestações, assim como todas as demais mortes que ocorrem pela ação violenta do Estado. Mas que existe uma disputa política sobre o fato é muito claro”, afirmou ao Correio o advogado Rodolfo Valente, que já prestou auxílio jurídico a diversos manifestantes presos nos últimos tempos.

Na conversa, Valente mostrou não ter dúvidas de que estamos em pleno acirramento político em relação ao ano passado. Dessa forma, acredita que a repressão realmente virá com toda a sua força, uma vez que o governo, em relação aos atuais protestos, “faz uma aposta no conservadorismo”. Além disso, o advogado também contou como tem sido o trabalho daqueles que defendem os presos em atos, “praticamente todos a esmo”.

“O Estado age assim cotidianamente. Portanto, já domina essa técnica da seletividade penal. E também da própria finalidade do sistema penal, que é contingenciar e controlar a pobreza. Quando há um momento de ascensão de movimentos sociais, o mesmo Estado Penal se volta contra tais manifestações e comete exatamente as mesmas ilegalidades”, resumiu.

A entrevista completa com Rodolfo Valente, mais uma realizada ao lado da webrádio Central3, pode ser lida a seguir.

Correio da Cidadania: Primeiramente, como você encara o quadro político brasileiro, com suas manifestações de rua, neste início de ano? Considera que a conjuntura de 2013 se acirrou para o novo ano?

Rodolfo Valente: Sem dúvida. Até antes de 2013. A gente já vinha na ascensão do acirramento, desde a entrada do Partido dos Trabalhadores no governo até a estruturação de novos movimentos e a guinada à direita, cada vez mais, do governo deste mesmo partido.

No início do ano, sem dúvida nenhuma, com a conjuntura de eleições e toda a movimentação e articulações de contestação à Copa do Mundo, com o pano de fundo da completa falta de serviços públicos básicos para a maioria da população, estamos num nível bastante avançado em termos de acirramento político.

Correio da Cidadania: O que teria a comentar sobre a atual comoção em torno da morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes, por ora atribuída aos manifestantes? Considera que sua morte está sendo disputada politicamente – a despeito dos óbitos anteriores verificados de junho pra cá?

Rodolfo Valente: A disputa política é clara e evidente. Em primeiro lugar, precisamos deixar bem claro que é completamente lamentável a morte do Santiago, como são completamente lamentáveis todas as outras mortes ocorridas em manifestações, assim como todas as demais mortes que ocorrem no contexto da ação violenta do Estado. Mas que existe uma disputa política sobre o fato é muito claro, e a cobertura, por exemplo, da Globo, é muito sintomática.

Em princípio, sequer é possível afirmar com toda a convicção que se expressa por aí que aquele artefato ou rojão foi atirado por algum manifestante. Não há sequer prova cabal disso. Além do mais, temos todos os furos da investigação, feita de maneira completamente açodada e obscura.

Há, portanto, contradições enormes em torno do fato e a disputa política fica ainda mais clara quando verificamos os interesses em jogo. Há muitos interesses nos próprios atos, e esse ato do Rio de Janeiro foi justamente contra o aumento da tarifa, a mesma pauta que fez explodir as manifestações de junho de 2013. E há também, sem dúvida, interesse em abafar as manifestações e criminalizar quem participa delas. A disputa política se dá basicamente a partir daí. Tanto é assim que, dias depois de acontecer o lamentável fato da morte do Santiago, já foi discutido no Senado, voltando à ordem do dia, a pauta da tipificação do terrorismo.

Agora, o governo federal já acena com outros projetos de lei para criminalizar manifestantes que estejam com pano no rosto e aumentar penas para crimes relacionados, ou pretensamente relacionados, às manifestações.

Correio da Cidadania: E como você analisa as iniciativas do governo, tanto no campo parlamentar como na maneira de lidar com os protestos nas ruas, durante os atos em si, através de seus aparatos e também porta-vozes?

Rodolfo Valente: Penso que o governo faz uma aposta política no conservadorismo. Nós estamos em ano de eleição e o governo não quer correr riscos. Como garantidor e gestor do capital, e sua forma política, através do Estado, o governo age nesse sentido. Penso eu que vai se dar mal. Porque as contradições estão cada vez mais claras e esgarçadas. É cada vez mais difícil sustentar a máscara do pretenso republicanismo e do espírito democrático. Cada vez mais, está claro que o intento é de criminalizar e desarticular as manifestações.

Correio da Cidadania: Como tem sido a vida dos advogados que tentam defender os manifestantes presos, muitos sabidamente a esmo, e como o Estado tem tratado tais detidos? Estão ocorrendo ameaças extra-legais?

Rodolfo Valente: O Estado já age assim cotidianamente. Nas periferias, contra a juventude pobre e negra, o padrão de ação do Estado já é esse. Portanto, o Estado já domina a técnica da seletividade penal. E também da própria finalidade material do sistema penal, que é contingenciar e controlar a pobreza, garantindo as desigualdades produzidas e reproduzidas pelo capital.

Quando há um momento de ascensão de movimentos sociais, como vem acontecendo, sobretudo de junho pra cá, o mesmo Estado Penal se volta contra tais manifestações e comete exatamente as mesmas ilegalidades.

Portanto, o padrão que vemos tanto nas ruas como nas delegacias é de prisões a esmo. Eu não diria que muitas, eu diria que praticamente todas as prisões são a esmo. Tanto que geralmente elas acontecem no final das manifestações e no momento da dispersão. Claro que é praticamente impossível individualizar qualquer conduta ali. Os policiais simplesmente prendem quem ficou pra trás. E na delegacia se faz a “distribuição” dos crimes ao alvedrio e bel prazer dos delegados e policiais.

Eu pessoalmente nunca fui ameaçado. O que já aconteceu é tentarem me dar voz de prisão, em ato pelo transporte público na região do Grajaú. Quando tentei me aproximar das pessoas presas, pediram para eu sair. Pedi a identificação do policial, ele me deu voz de prisão, mas segundos depois desistiu. Foi o máximo que passei. Ameaça direta nunca recebi e, quanto a outros advogados, sei através da imprensa.

Correio da Cidadania: Diante desses fatos, o que você espera para os próximos meses, com a proximidade da Copa do Mundo, e toda sua blindagem, e do processo eleitoral? Acredita que a morte do cinegrafista, e o clima de terror que se procura criar em torno a ela, possam deter de algum modo a força das ruas?

Rodolfo Valente: Nós estamos no campo do imponderável. Sem dúvida nenhuma, é fato que a repressão vem, e vem na sua máxima potencialidade. Sobretudo na organização desse evento desastroso que será a Copa do Mundo. Eu acho muito difícil tal tipo de repressão deter as manifestações, bem difícil mesmo. Pelo contrário, penso que a escalada da repressão tende a tornar as manifestações ainda mais candentes.

Porém, o que acontecerá a partir daí é o imponderável. Espero que aconteça o mínimo possível de desgraça. Espero que consigamos ter o mínimo de ponderação para levar o processo político adiante. Mas penso ser difícil que as ações do poder público sejam capazes de dissuadir ou desarticular as manifestações.

Dieser Beitrag wurde am Freitag, 14. Februar 2014 um 01:37 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Kultur, Politik abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

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