A Reforma Agrária está parada em todo o paÃs. Foi por este motivo que no mês de julho trabalhadores e trabalhadoras do MST de 12 estados do paÃs ocuparam as ruas, sedes do Incra e fazendas, exigindo o assentamento das 140 mil famÃlias acampadas e investimentos públicos nos já existentes. Acampados e assentados passam por situações difÃceis. Existem famÃlias esperando pela desapropriaçáo de áreas há mais cinco anos. E muitas daquelas que já conquistaram um pedaço de cháo náo têm acesso a crédito rural e infra-estrutura que garanta boas casas, saneamento básico, escola e hospital.
 Somente a Reforma Agrária pode resolver o problema da crise dos alimentos, com a produçáo de verdura, legumes e frutas, baratas para a populaçáo. É por sabermos dessa condiçáo que temos uma proposta de desenvolvimento para o campo brasileiro, que compreende, além da produçáo de alimentos saudáveis, a geraçáo de emprego e justiça no campo. Para a concretizaçáo dessa proposta, investimentos na produçáo dos assentamentos tornam-se imprescindÃveis. Investimentos que impulsionem programas de agroindústrias para cooperativas de assentados e assistência técnica para viabilizar a produçáo. Dessa forma é possÃvel gerar renda para as famÃlias e condições para o desenvolvimento social e econômico dos municÃpios.Até o momento, os planos econômicos voltados para o campo brasileiro náo foram direcionados para atender nossas expectativas para um novo modelo agrÃcola. Se de um lado a produçáo familiar e cooperativada suam a camisa para conseguir incentivos irrisórios, de outro a produçáo das grandes empresas estrangeiras e nacionais ligadas ao capital financeiro como Cargil, Bunge, Votorantim, Aracruz, Veracel, Suzano, Vale e Bayer vai de vento em poupa. Só no ano passado, essas transnacionais receberam do Banco do Brasil R$ 7 bilhões. Por conta da polÃtica econômica do atual governo, de priorizar o modelo agroexportador, a agricultura camponesa “ responsável pela produçáo de alimentos em nosso paÃs “ e a Reforma Agrária continuam sendo penalizadas. Hoje, as terras improdutivas, que deveriam ser usadas para a Reforma Agrária, estáo sendo destinadas a empresas estrangeiras, para a produçáo de eucalipto, soja, gado e agrocombustÃveis, em vez de alimentos. O governo federal está em dÃvida com os trabalhadores Sem Terra, assentados, pequenos produtores e precisa cumprir seus compromissos com a reforma agrária. A Reforma Agrária náo avançou e a concentraçáo da propriedade fundiária está aumentando. A maior parte dos assentamentos compreende projetos antigos, regularizaçáo fundiária ou terras públicas. A polÃtica de incentivo à agroexportaçáo, o aumento do preço dos alimentos e as facilidades concedidas à s transnacionais para explorar os recursos naturais e a máo de obra geram grandes tensionamentos sociais no campo. E este é o motivo pelo qual MST e outros movimentos sociais estáo sofrendo uma ofensiva de setores conservadores da sociedade. MÃdia, parte do poder judiciário, aparato policial e alguns governos estaduais, náo medem esforços para criminalizar os movimentos sociais do campo. Recentemente, no Rio Grande do Sul, o Ministério Público aprovou um relatório que pede a dissoluçáo do nosso Movimento. Em tom incriminatório, o documento condena o uso, nas escolas de assentamentos, de livros dos brasileiros de Florestan Fernandes, Paulo Freire e Chico Mendes.Parte do processo ainda cuidou em enquadrar oito trabalhadores na Lei de Segurança Nacional da finada ditadura militar. O documento afirma, ainda, que o Movimento mantém vÃnculos com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). A própria Policia Federal, numa investigaçáo já concluÃda desmentiu essa acusaçáo dizendo que náo há nenhum vÃnculo entre aquela organizaçáo revolucionaria da Colômbia com o MST.No Pará, o advogado da CPT (Comissáo Pastoral da Terra) José Batista Gonçalves Afonso foi condenado pela Justiça Federal de Marabá por participar de protestos no Incra (Instituto Nacional de Colonizaçáo e Reforma Agrária) pela Reforma Agrária. Na época, Batista assessorava o MST e a Fetagri (Federaçáo dos Trabalhadores da Agricultura) nas negociações com o órgáo. A mesma vara federal condenou outros três trabalhadores rurais a pagarem R$ 5,2 milhões à gigante da mineraçáo Vale, por descumprirem açáo que proÃbe manifestações nas instalações da Ferrovia Carajás. Neste momento em que a Reforma Agrária náo avança e a repressáo contra um projeto popular para o Brasil se intensifica, é de grande importância e necessário o apoio dos companheiros e companheiras da nossa luta. Continuamos firmes em nossos objetivos. BrevesMST e as Eleições 2008.A Direçáo Nacional do MST esclarece que náo tem qualquer participaçáo com as articulações do grupo de José Rainha Jr. na comunidade da Rocinha, como foi noticiado recentemente por muitos veÃculos de comunicaçáo do paÃs. José Rainha Jr. náo participa de nenhuma instância de decisáo em nÃvel nacional, estadual ou local do nosso Movimento. O MST náo participará no processo eleitoral que elegerá prefeitos e vereadores. O papel do Movimento é fazer a luta social pela Reforma Agrária. Buscamos, assim, preservar a nossa autonomia em relaçáo aos partidos polÃticos e aos governos. Propomo-nos, ainda, a continuar incentivando discussões e debates sobre a necessidade de termos um projeto popular de desenvolvimento para nosso paÃs.
« Brasiliens Kirche gegen Atom-U-Boot-Flotte und Rüstungswettlauf. Landeseliten über militärisches Atomprogramm gespalten. Caritas-Präsident Demetrio Valentini und Oded Grajew, der die Idee zum Weltsozialforum hatte. – Brasiliens katholischer Befreiungstheologe Frei Betto: „Zwischen 1898 und 1994 haben die USA 48 lateinamerikanische Regierungen gestürzt – unter ihnen die von Joao Goulart 1964 in Brasilien. Willy Brandt, Helmut Schmidt, Walter Scheel, Hans-Dietrich Genscher und Brasilien. »
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