Rafael Lusvarghi in Klinik – youtube anklicken:https://www.youtube.com/watch?v=LvNAkno_24w&feature=youtu.be
Zitate Istoé:
Istoé – Você está participando ativamente dos combates nas frentes de batalha?
Lusvarghi – Já participei de incontáveis combates. Estive sob fogo inimigo de artilharia, infantaria e de canhões de curta distância. Fui ferido levemente duas vezes, uma em duelo de artilharia, em que fiquei ferido nas costas, e outra em um ataque surpresa a um ponto de controle ucraniano, em que machuquei minha mão esquerda. Por uma questão de falta de tempo, por ora não entro em detalhes. Mas será um prazer entrar em detalhes dentro de um mês, quando está previsto que receberei condecoração por meu desempenho em combate.
Istoé – Você chegou a entrar em conflito com algum inimigo diretamente? Entrou em confronto direto com algum soldado ucraniano?
Lusvarghi – Sim, mas não tenho autorização ainda para falar sobre isso. O que posso dizer é que, durante esses 42 dias em que servi diretamente no front, eu fui responsável direto pela morte de quatro soldados ucranianos. Na ofensiva em que estamos atuando agora, nesta última semana, tomamos uma trincheira na qual todos eles lutaram até o ultimo homem. Os ucranianos são bons soldados, determinados. Eu os respeito por sua coragem e disciplina.
Istoé – Em algum momento você se viu em uma situação de perigo em que imaginou que poderia não sair vivo?
Lusvarghi – Sim, no último combate de que participei. Me voluntariei pra resgatar dois feridos no front, sob fogo de artilharia inimiga e durante uma retirada. Mas deixar dois amigos, ainda mais íntimos, como no caso, feridos, pra trás… simplesmente não poderia viver com isso depois. O medo do peso na consciência e o medo da vergonha foram maiores que o medo pela própria vida. Como estou falando sobre isso agora, está claro que tudo saiu bem para os três envolvidos. Acontece que apenas um deles estava ferido, enquanto o segundo tomava conta dele, e nesse meio tempo eu fui capaz de buscar ajuda de um BMP (carro blindado de transporte pessoal).
Istoé – Como está sendo enfrentar o inverno? Quais as condições de alimentação e as acomodações?
Lusvarghi – Já foram pelo menos três vezes em que tivemos que nos virar quando não tínhamos alimentos. Nas três vezes comemos cachorros. Normalmente não há problemas quanto à alimentação e armamentos, mas quando se esta na linha de frente simplesmente se está entregue à boa vontade dos deuses. Ficamos ou em trincheiras cavadas por nós mesmos ou em casas cedidas pela população local, que tem muito boa vontade em nos ajudar. Quando estamos no turno de descanso, dormimos em caserna (barracas).
Istoé – Existem outros voluntários estrangeiros lutando com você?
Lusvarghi – Sim, franceses, sérvios, colombianos, espanhóis, italianos, poloneses, e na minha unidade, também há um macedônio. Há mais dois brasileiros lutando conosco. Um deles, infelizmente, está hospitalizado em Donetsk após ter sido ferido em batalha.
Istoé – O que um soldado na frente de batalha no Leste da Ucrânia faz nos momentos de folga?
Lusvarghi – Nos momentos de folga, em primeiro lugar, limpamos as armas, roupas e cuidamos de nós mesmos. Como bom brazuca, que quem quer consegue, eu também arrumo tempo, para, digamos, confraternizar com a população local. Afinal, nós homens, ainda mais cercados dessas lindas russas, temos necessidades, não é mesmo? Então, quando tenho tempo, xaveco as meninas aqui. Além, claro, de acalmar minha família e amigos que constantemente querem noticias minhas.
Istoé – Como seus colegas soldados o recebem quando descobrem que você é brasileiro? Qual a reação deles?
Lusvarghi – Os russos são um povo tão ou mais curioso que o brasileiro, e nos adoram. Perguntam de futebol, no que eu os desaponto, Carnaval, e nossa história. Tanto os russos quanto os ucranianos nos recebem bem e se interessam por nós. Percebo isso no contato que tenho com os prisioneiros ucranianos que temos feito. Em resumo, os russos gostam muito de brasileiros, e adoram saber que o Brasil, além de honrar seus acordos com o BRICS, também tem cidadãos que estão prontos a dar a vida pela amizade russo-brasileira.
Istoé – Você fala russo. Como aprendeu a língua, qual sua ligação com a Rússia?
Lusvarghi – Além de também descender de povos do Leste, meu interesse vem de infância, por tudo que é relacionado à Rússia, história, cultura, a mentalidade do povo. Servindo na Legião Estrangeira , tive mais contato ainda com eles. É grande o numero de russos na Legião. De 2011 até o começo de 2013 estudei e trabalhei na Rússia. Daí minha ligação e como aprendi o Idioma.
Laut Nachrichtenmagazin hatte sich Rafael Lusvarghi als erster Brasilianer den antinazistischen Widerstandskämpfern angeschlossen – inzwischen kommandiert er die brasilianische Kampfeinheit “Che Guevara”, der u.a. ein freigestellter Militärpolizist aus Amazonien, ein Journalistikstudent aus Minas Gerais, ein Vater(50) mit Sohn(20, Student), ein Ex-Unteroffizier der brasilianischen Streitkräfte angehören. Stationiert sei die Kampfeinheit in Perwomaisk, in Kürze würden mindestens weitere sechs Brasilianer eintreffen. “Die örtliche Bevölkerung betrachtet die Brasilianer als Helden.” Mehrere, darunter Lusvarghi, berichten auf ihren Facebook-Seiten über den Frontalltag.
https://www.facebook.com/Donetsk45
Ausriß. Brasilianischer Menschenrechtsaktivist Rafael Lusvarghi 2014 als Mitglied der internationalen Brigaden an der Südfront in der Ostukraine.
Ausriß.
Die nunmehr nazifreie Krim – Tourismusboom oder Tourismuspleite?