Fui criado com pirão, leite e bastantes frutas vindas do sítio de minha avó. Aliás, fruta era coisa de menino, especialmente as colhidas e comidas na própria árvore. Essas, sem dúvida, são mais saborosas. O caju, a manga, a goiaba, a banana, a tangerina e o sapoti eram plantados nas margens do riacho, terras naturalmente férteis e, quando muito, misturavam-se ao esterco curtido de gado, por isso floresciam saudáveis e apetitosos.
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Hoje as terras em que as sementes dessas e de ouras frutas são plantadas recebem uma carga enorme de produtos químicos, os chamados agrotóxicos. O objetivo da utilização desses produtos é combater as pragas agrícolas, facilitando a produção de frutas maiores, mais bonitas e “menos defeituosas”. É exigência do mercado seduzir os consumidores com grandes exemplares de bela aparência.
http://das-blaettchen.de/2011/05/wirtschaften-in-brasilien-4924.html
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http://www.hart-brasilientexte.de/2010/11/20/madchen-in-fortaleza-gesichter-brasiliens/
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=674793
Zuckerrohrpresse für Saft im Straßenverkauf – Peripherie Fortalezas.
http://www.hart-brasilientexte.de/2009/09/01/fortaleza-gesichter-brasiliens-2/
O momento é de solidariedade no Brasil, em razáo da tragédia causada pelas chuvas no Estado de Santa Catarina. O PaÃs se mobilizou em uma ampla corrente de ajuda aos desabrigados com o envio de roupas, alimentos, remédios e água potável. Uma beleza de exemplo.
Náo nos é permitido pôr em dúvida a beleza das praias do Ceará. Ainda. Pois o contraste reside na forma escancarada pela qual a sujeira e a desproteçáo váo emergindo ao longo de um trajeto pela orla. Sáo cacos de vidro, manchas de piche pela areia, farrapos de corda, excrementos de animais e muito material plástico ao relento.
Há vinte e poucos anos, quando cheguei à Serra do Esteváo, em Dom MaurÃcio (distrito de Quixadá, 168 km de Fortaleza), existiam 83 olhos d´água. A flora e a fauna ainda eram riquÃssimas e o clima, ameno e gostoso. Por isso, os turistas europeus costumavam chamar o lugarejo de ´SuÃça do sertáo´.
No inÃcio dos anos 60 do século passado, era mais fácil encontrar loucos pelas ruas das cidades. Moradores de ruas como existem hoje, náo. Talvez o caso de uma famÃlia de retirante devido à seca. Mas, hoje, essa triste situaçáo assusta. Como tirar da cabeça que um homem dorme dentro de um esgoto e outro em cima de uma árvore?